OLÁ, ASSINE O JC E TENHA ACESSO LIVRE A TODAS AS NOTÍCIAS DO JORNAL.

JÁ SOU ASSINANTE

Entre com seus dados
e boa leitura!

Digite seu E-MAIL e você receberá o passo a passo para refazer sua senha através do e-mail cadastrado:


QUERO ASSINAR!

Cadastre-se e veja todas as
vantagens de assinar o JC!


Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

COMENTAR |
CLIMA Notícia da edição impressa de 13 de Maio de 2021.

Pesquisa da Furg nota fenômeno inédito na América do Sul

Pesquisadores de Rio Grande identificaram, pela primeira vez, gelo marinho no extremo sul do continente

Pesquisadores de Rio Grande identificaram, pela primeira vez, gelo marinho no extremo sul do continente


/CEQUA/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) registrou, pela primeira vez, a ocorrência de gelo marinho no extremo sul da América do Sul, nos fiordes da Cordilheira Darwin, na Terra do Fogo, Chile. Nunca antes havia sido identificada uma ocorrência tão ao norte da Antártica.
Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) registrou, pela primeira vez, a ocorrência de gelo marinho no extremo sul da América do Sul, nos fiordes da Cordilheira Darwin, na Terra do Fogo, Chile. Nunca antes havia sido identificada uma ocorrência tão ao norte da Antártica.
Até então, a literatura científica identificava a ocorrência de gelo marinho no sul do planeta em latitudes abaixo de 55º S, no entorno da Antártica. A Cordilheira de Darwin está situada ao norte, na latitude 54º S. A descoberta foi publicada na revista científica Annals of Glaciology, editada pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra.
Gelo marinho é o gelo que se forma pelo congelamento da superfície do mar em baixas temperaturas e que derrete facilmente no calor, diferente do gelo glacial, aquele que é formado pelo acúmulo de neve nos ambientes polares, subpolares e em elevadas altitudes e que persiste durante o verão e até por milhares de anos. O estudo partiu da observação de uma placa de gelo por um passageiro em viagem aérea, em 2015.
Curioso com o que avistava, ele fotografou e enviou ao Centro de Estudios del Cuaternario, Fuego-Patagonia y Antártica (Cequa), parceiro de pesquisas da Furg. No local remoto e de difícil acesso, helicópteros da Armada Chilena, a Marinha do Chile, sobrevoaram a área com dois pesquisadores do Cequa e, com as fotografias aéreas obtidas, se confirmou que a formação se tratava de gelo marinho e não de gelo glacial à deriva.
Aos dados de observação, somou-se a pesquisa por imagens de satélite. O trabalho foi desenvolvido pelo oceanólogo Charles Salame. Ele fez um recorte temporal de 2000 a 2017, cruzando os dados de satélites com informações da estação meteorológica mais próxima à cordilheira. A partir dos parâmetros de 2015, em que houve a observação no local, descobriu-se, nas imagens de satélite, que o gelo marinho tem ocorrido no inverno em 12 dos 13 fiordes (vales rochosos formados por erosão glacial ) que compõem a Cordilheira de Darwin. 
A explicação para esse registro, até então inédito, tem a ver com o aquecimento global. "As geleiras, bastante presentes na Terra do Fogo, estão derretendo mais rápido. Isso leva a um 'adoçamento' da água salgada do oceano. Devido a menor densidade, a água doce do gelo derretido flutua sobre a água mais salgada e por isso, há a formação de gelo marinho em temperatura mais alta do que seria necessário em condições de salinidade normais", explica o professor Arigony Neto.
Ele explica que os ciclos anuais de formação e derretimento do gelo marinho ao redor da Antártica têm um importante papel na circulação oceânica global, que afetam as condições atmosféricas e o clima no sul do Brasil. "O gelo marinho antártico nos afeta, afeta o clima, os processos de formação da água de fundo e a circulação global, a qual é o grande 'ar condicionado' do planeta", destaca.
 
Comentários CORRIGIR TEXTO
CONTEÚDO PUBLICITÁRIO

Leia também

Desde 1996 o Jornal Cidades dedica-se exclusivamente a evidenciar os destaques dos municípios gaúchos. A economia de cada região é divulgada no jornal, que serve também de espaço para publicação de editais de licitação. Entre em contato conosco e anuncie nessa mídia adequada e dirigida às Prefeituras de todo o RS.

Informações e anúncios - Fone: (51) 3221.8633
E-mail: jornalcidades@jornalcidades.com.br


www.jornalcidades.com.br