Até o fim desta semana, Novo Hamburgo precisa de pelo menos 7.100 doses de vacina da Coronavac para atender pelo menos a demanda de segunda dose de pessoas que estão completando os 28 dias da primeira dose, tempo determinado pelo fabricante para completar a imunização. O município, assim como outras cidades gaúchas, recebeu menos doses do que as necessárias no último lote, que chegou semana passada, para complementar a imunização no grupo de idosos e profissionais da saúde.
A última remessa de Coronavac recebida por Novo Hamburgo foi na sexta-feira, dia 23, com 1.010 doses. "O suficiente apenas para cumprir os agendamentos que já estavam feitos até esta terça-feira", lamenta o secretário municipal de Saúde, Naasom Luciano. O secretário cobra mais organização e compromisso com a vacinação por parte do Ministério da Saúde. "Seus cronogramas e anúncios são constantemente refeitos para baixo", lamenta. No entanto, até esta segunda-feira não havia previsão de um novo lote.
O município já aplicou 62.032 doses até sábado, sendo 45.053 doses de primeira dose e 16.979 de segunda dose. Atualmente, Novo Hamburgo está realizando agendamentos exclusivos de primeira dose com a vacina da Astrazeneca/Fiocruz para idosos acima de 60 anos e profissionais de saúde já contemplados.
Naasom lembra também que Novo Hamburgo tem estruturada uma força tarefa com profissionais da saúde para a busca ativa de pessoas que necessitam da segunda dose para completar a imunização. "Esta força tarefa ainda não entrou em operação justamente por falta de vacina. Hoje, não temos vacina para atender sequer quem nos procura", enfatiza.
Para a população que aguarda a segunda dose, Naasom destaca a necessidade de completar o esquema vacinal. "A classe médica tem enfatizado que, mesmo tendo passado o prazo de 28 dias para a Coronavac ou três meses para a Astrazenec, a segunda dose ainda é válida e fundamental para sua efetividade. As pessoas não podem desistir de completar a imunização com as duas doses", explica o secretário.
A prefeita Fátima Daudt lembra que este é um drama comum em todo o País e que aguarda por uma resolução nos próixmos dias. "Os municípios fizeram sua parte e estão vacinando tão rápido quanto as vacinas são entregues", destaca, lembrando decisão do Ministério da Saúde para não guardar doses e sua garantia de regularidade na entrega. "As vacinas precisam estar nos braços das pessoas e não nas geladeiras. Esta foi a determinação que os municípios receberam", acrescenta.