Proprietários de terras em Lavras do Sul solicitaram uma reunião com o Sindicato Rural e a prefeitura para a entrega de um manifesto, assinado por cerca de 40 proprietários. Este documento acusa o Ministério Público (MP) e o Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa de imporem a estes proprietários a condição de povos tradicionais.
No documento os proprietários dizem reconhecer a importância de aplicar novas tecnologias para melhorar a produtividade e que, inclusive, investem para que seus filhos estudem fora da região com a intenção de trazer novas tecnologias para que se possa produzir mais e melhor em suas terras.
O movimento surgiu para contrapor a documentação entregue para a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fepam) pelo Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa e Ministério Público de Bagé, em que ambas as instituições afirmam que os moradores da região de Três Estradas se reconhecem enquanto Comunidade Tradicional. O advogado João Elias Bragatto, que tem estado a par de situações como esta, explica que "não é simplesmente transformar a comunidade por conta de algumas características, a comunidade tem que querer e tem que saber que estará sujeita às regras determinadas pelo governo".
Os proprietários organizaram o manifesto com a intenção de pedir ajuda a instituições para que não lhes seja retirado o direito da tomada de decisão sobre o que e como produzir, bem como, o direito de comercializar as suas propriedades caso desejem. Ainda no documento, em Três Estradas não existe agricultura familiar, mas sim pecuária extensiva. E ressalta que atualmente é possível encontrar uma grande quantidade de propriedades abandonadas na região.
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