Uma ação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público e da Delegacia de Polícia de Proteção ao Consumidor (Decon), junto com órgãos de Alvorada e Gravataí, teve como enfoque deflagrar uma operação para coibir envase, armazenamento e distribuição de água mineral de maneira clandestina. Locais nas duas cidades foram investigados. A empresa Vida Leve, alvo da operação, estava liminarmente impedida de funcionar, em razão de uma ação coletiva de consumo proposta pelo Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor.
As interdições anteriores foram motivadas pela qualidade do produto, considerado insatisfatório quanto às análises microbiológicas e físico-químicas, bem como em desacordo com as informações constantes no rótulo e sem identificação clara do consumo de água, com teores de fluoreto acima de 2mg/L. Na operação, foram constatadas, ainda, entre outras irregularidades, ausência de análises obrigatórias de água utilizada, falta de higiene geral e presença de pragas na área de produção. Assim, foram inutilizados mais de 6 mil litros de água já envasada e lacrado o poço que estava sendo utilizado irregularmente.
A empresa também estava interditada pela Vigilância Sanitária de Alvorada. Por conta desta operação clandestina, três funcionários que gerenciavam as atividades foram presos em flagrante - o dono não estava na empresa no momento da ofensiva. Durante a operação, foi constatado que a empresa seguia operando a pleno, com 20 funcionários. Havia produção, inclusive, à noite. Foram apreendidos documentos que comprovam a produção datada do mesmo dia da operação.