Na área experimental de inovação e tecnologia, do curso de Agronomia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) Santo Ângelo, está em desenvolvimento um centro de geração de informações voltado ao cultivo de soja na região. Sob a coordenação de professores da instituição, um grupo de estudantes realiza a pesquisa de novas ferramentas para controle de doenças em soja.
"Nosso objetivo é auxiliar o produtor a utilizar a melhor estratégia de manejo, de cultivares, de tecnologia de aplicação, para atingir o máximo de resultado na sua lavoura", disse Marcelo Gripa Madalosso, um dos coordenadores da iniciativa. Ele observa que, na agricultura em geral e sobretudo na lavoura de soja, "precisamos de informações desenvolvidas na própria região, pois a característica do solo é singular, a condição de altitude remete a uma condição de clima particular, a própria água, tudo é diferente e os dados que existem na Região do Planalto, por exemplo, não servem para as Missões ou para o Centro-Sul".
O grupo de professores e estudantes se reveza em tempo integral na área experimental, fazendo aplicações diurnas e noturnas, assim como monitoramento 24 horas. A pesquisa inicia já com o tipo de água captada para fazer a calda de aplicação dos produtos. "A questão da água varia muito, não existem dados sobre isso e o produtor precisa da informação correta", enfatiza Madalosso. A ideia é que essa pesquisa se torne referência para o cultivo do grão nas Missões.
Este ano, o cultivo de soja acontece em cinco hectares, e há previsão de a área aumentar para 20 em 2022. Outro aspecto importante observado, é a integração entre os universitários dos campi de Santo Ângelo e de Santiago, que além da tecnologia, desenvolvem o trabalho em equipe, o espírito de pesquisa, as relações interpessoais, hoje tão valorizadas em qualquer ambiente de trabalho.