A principal conclusão do encontro virtual realizado na quinta-feira, pela prefeita de Novo Hamburgo, Fátima Daudt, com técnicos e pesquisadores das Universidades Feevale e Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e da Fundação de Saúde de Novo Hamburgo (FSNH), é pela necessidade urgente de medidas regionais para restringir a circulação de pessoas e tentar reduzir a rápida disseminação da Covid-19. Também foi concluído que ações municipais não teriam resultados efetivos, considerando que muitas pessoas têm familiares e moram e trabalham em cidades diferentes, circulando e disseminando o vírus livremente entre elas.
Por isso, a prefeita afirmou ser favorável à adoção de medidas mais restritivas por pelo menos 10 dias. "No entanto, por estarmos inseridos na região metropolitana, é preciso que ela seja regional. No difícil e atual cenário, restrições locais não terão resultados", destacou Fátima após o encontro. O grupo também foi unânime em alertar para o colapso no sistema de saúde.
"Não há mais leitos particulares nos hospitais privados de Novo Hamburgo. No Hospital Municipal, estamos lutando para acomodar mais 10 leitos de UTI, sabendo que, infelizmente, eles estarão todos lotados em menos de uma hora", lamentou a presidente da FSNH, Tânia Terezinha da Silva. Ela alerta também para a falta de profissionais. "Temos EPIs, máscaras, macas, mas já não encontramos mais médicos e enfermeiros. Recebemos cerca de 180 pessoas por dia no Centro Covid, a maioria dando positivo com saturação de 80% a 85%."
O professor titular do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Feevale e coordenador da Rede Corona-ômica da Rede Vírus, vinculada ao Mistério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Fernando Spilki, frisa que o vírus e suas variantes estão se replicando de forma mais rápida e eficiente. "Já temos três variantes importantes em circulação no Brasil, e as pessoas estão tendo carga viral mais alta e por mais dias do que antes", conta. A pesquisadora Juliana Schons Gularte, que atua no Laboratório de Microbiologia Molecular e no Laboratório de Saúde Única da Universidade Feevale, acrescenta que o percentual de testagem positiva nas coletas recebidas tem ficado entre 50% e 55%, o que é considerado muito alto.
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