O Sindilojas Caxias está buscando o apoio da Associação das Imobiliárias de Caxias do Sul (Assimob) para sensibilizar as imobiliárias locais quanto ao reajuste dos aluguéis das salas comerciais, considerando os desafios enfrentados pelos comerciantes durante a pandemia. A presidente do Sindilojas Caxias, Idalice Manchini, solicitou a colaboração associação para que sejam analisados os reajustes praticados para salas comerciais, por meio de correspondência enviada ao presidente da Associação das Imobiliárias de Caxias do Sul, Nelson D'Arrigo.
Como representante legal do comércio, o Sindilojas Caxias atua em defesa dos direitos dos empresários do comércio, e por isso está buscando uma negociação para que as imobiliárias compreendam o momento atual da economia da região, especialmente, o comércio varejista não essencial. O índice que costumeiramente reajusta os contratos, o IGP-M, chegou a bater 23% no período de 12 meses, o que possibilitaria aos proprietários reajustar automaticamente os valores.
"O comércio dito 'não essencial' tem sido, em grande parte do tempo, limitado de suas atividades, e por mais que seja legal um aumento de 25% nos aluguéis das salas comerciais, estamos contando com o bom senso da Assimob para buscar uma alternativa junto às imobiliárias", explica Manchini. Ela lembra que muitos pontos comerciais foram fechados e não voltaram a ser ocupados por novos inquilinos, e é preciso buscar a sustentabilidade nesse momento em que todos estão enfrentando adversidades.
Nesse sentido, foi feita uma solicitação para que uma correspondência seja enviada para os associados com o objetivo de alertar sobre a preocupação e o pedido dos comerciantes da região, para que seja repensado o reajuste que algumas imobiliárias vêm praticando. O sindicato dos lojistas alerta que, no cenário pandêmico, o fechamento do comércio gerou índices negativos em 2020. Quando comparado com o mesmo período do ano anterior o desempenho é negativo de 20,2%. No ano, o comércio acumula perdas de 16,7%. O comércio representa, hoje, 17% da economia caxiense.