Com a circulação no Estados das variantes possivelmente mais transmissíveis da Covid-19, o avanço da doença e o crescimento no número de pacientes diagnosticados com o coronavírus, foi realizada uma reunião do Comitê de Atenção ao Coronavírus em Bento Gonçalves. Na oportunidade, foram analisados os dados e debatidas ações de combate à doença.
De acordo com a diretora técnica do Hospital Tacchini, Roberta Pozza, nos últimos 14 dias houve um aumento na busca dos pacientes por atendimento respiratório, um discreto aumento nas internações, e ocupação nos leitos críticos da UTI, ficando próximo aos 85%. "Precisamos manter as precauções. O que não pode acontecer é um grande número de pessoas com a necessidade de atendimento ao mesmo tempo, e que não tenhamos capacidade de internação e UTI para receber este paciente. Por isso, reforçamos os cuidados lá do início da pandemia, que são evitar aglomerações, usar máscara, lavar as mãos e o uso do álcool gel", disse.
A secretária de Saúde, Tatiane Misturini Fiorio, também destacou que o aumento da procura por atendimento foi analisado no sistema público de saúde. "Estávamos há cerca de três semanas em uma estabilização da doença, e nos últimos dias notamos o aumento na procura por atendimento na UPA, chegando a um pico de 500 atendimentos em um dia", salienta. Essa evolução contribuiu para que a
macroregião da serra gaúcha fosse classificada com a bandeira preta, através do mapa divulgado pelo governo do Estado, no início da noite de sexta-feira.
Ao longo da pandemia, em Bento Gonçalves, o número de leitos de UTI foi ampliado de 20 para 45. Ainda na estruturação do sistema de saúde foram construídos 40 leitos de isolamento no Complexo Hospitalar de Saúde, com apoio da sociedade civil.