A prefeitura de Novo Hamburgo já tem definido seu plano de vacinação contra a Covid-19, aguardando apenas a chegada das doses e também a definição dos grupos prioritários por parte do Ministério da Saúde. A prefeita Fátima Daudt destaca que o município já tem recursos reservados para compra de vacinas em possível consórcio com outras prefeituras e parceria com o governo do Estado em caso de necessidade.
"O nosso povo precisa trabalhar e está cansado desta pandemia. Não dá para ficar discutindo teorias conspiratórias enquanto milhares de vidas são abreviadas por conta da Covid-19", acrescentou a prefeita. Para Fátima, a vacina não deve ser obrigatória, porém ela precisa estar à disposição o mais rápido possível para todos que queiram se vacinar. "É um direito do cidadão. Mas, é importante lembrar que no momento o Estado e os municípios não podem adquirir as vacinas, porque há um limitador técnico e/ou legal", explica
O Plano Municipal de Imunização Covid-19 de Novo Hamburgo foi elaborado em meados de dezembro e atualizado nesta semana. Considerando trabalhadores de saúde e idosos como públicos-alvo na primeira fase de vacinação, a estimativa de doses a serem aplicadas na cidade é de 40 mil, sendo 9.000 doses para trabalhadores da saúde e outras 31 mil doses para idosos.
A proposta é utilizar as 26 Unidades de Saúde Municipais já existentes, além de sistemas drive-thru em locais como Fenac e prefeitura e também a Unidade Móvel do Município. Novo Hamburgo também prevê a utilização da estrutura já utilizada na cidade para os programas estadual e nacional de imunização para o armazenamento e distribuição das doses nos locais de aplicação.
"O Brasil possui um programa nacional exitoso em vacinação há 47 anos. Não tenho a menor dúvida de que o ideal é termos o comando e a organização por parte do Ministério da Saúde, no entanto, se isso não acontecer rapidamente, teremos de agir via Estado e municípios", destacou a prefeita. "Não medirei esforços e cobrarei incansavelmente todos os órgãos responsáveis pela distribuição da vacina (governo federal e Estado)", acrescentou Fátima.