Com a diminuição dos índices pluviométricos na região de Bagé, assim como em outras áreas do Estado nos últimos meses, a garantia do abastecimento de água na cidade volta a ser motivo de preocupação para o Departamento de Água e Esgotos de Bagé (Daeb). A queda nos níveis dos reservatórios que abastecem os bajeenses, e quais medidas devem ser tomadas para amenizar a falta de chuvas significativas foram questões debatidas entre a direção geral e o corpo técnico formado por servidores da autarquia nesta quarta-feira.
Na ocasião, dados técnicos foram analisados, como os níveis das barragens e o panorama climático para este verão, que ainda coloca como irregulares e abaixo da média a chuva para os próximos meses. Em dezembro, mês de entrada do verão, choveu apenas 86,7 milímetros, insuficientes para manter os níveis nas altas temperaturas.
Medidas como a utilização de poços artesianos e o bombeamento da água armazenada na parte já executada da barragem da Arvorezinha começam a ser colocadas em prática. Um decreto municipal proibindo lavagens de automóveis e o desperdício de água também será outra ação tomada para minimizar o consumo.
A partir da escassez de água, o Daeb faz um campanha em que pede para a população fazer o uso racional sempre que possível, reutilizando água de piscinas, lavadoras e tomando medidas de economia. Nesta quarta-feira, o nível da Sanga Rasa está em 3,05 metros negativos; O Piraí em 2,30 metros abaixo; e a Emergencial 0,30 metro aquém do limite máximo.
"Estamos reunidos para analisar e debater os dados. A intenção é garantirmos o abastecimento. Temos dois meses de verão pela frente e o prognóstico do clima mostra que a estiagem vai se manter no Estado. Caso necessário, voltaremos ao rodízio do abastecimento", pontua Eduardo Mendes, diretor geral do Daeb. A cidade, historicamente, sofre com problemas de estiagem. No ano passado, partes da cidade chegaram a ficar 15 horas por dia sem água, devido ao racionamento.