A Associação dos Bombeiros Voluntários do Rio Grande do Sul (Voluntersul), enviou um ofício à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e às operadoras de telefonia Oi, Tim, Vivo e Claro exigindo informações sobre a pane nos telefones 193 para chamadas de emergências dos Corpos de Bombeiros Voluntários de Igrejinha, Três Coroas e Rolante. Há alguns dias, as chamadas pelo número de emergência nas três cidades (por linha convencional e celulares) estão caindo no Corpo de Bombeiros Militar de Taquara, fazendo com que a corporação da cidade vizinha tenha que repassar as ocorrências e informar aos voluntários os números de origem das chamadas para eventuais complementos das informações.
Além de mais do que dobrar o tempo entre o pedido de socorro e o deslocamento das viaturas dos voluntários, a situação começou justamente no início do feriadão das festas de final de ano. As corporações divulgaram em suas redes os contatos via telefone convencional de seus quarteis, mas muitos contatos continuaram tendo que ser intermediados pelo quartel militar de Taquara. Para piorar a situação, Igrejinha e Três Coroas foram atingidas por ventos que causaram destelhamento em algumas residências, o que fez com que simplesmente os moradores desistissem de tentar o número 193. "Tivemos caso de pessoas que vieram pessoalmente ao quartel pedir socorro, porque não estavam conseguindo ligação direta", explica o comandante da corporação de Três Coroas, Augusto Dreher.
Em Igrejinha, onde também houve pessoas indo direto ao quartel pedir socorro, a falta do 193 por pouco não se transformou em uma tragédia. "Tivemos uma chamada de emergência de um pai que estava com o filho engasgado com um brinquedo", explica o comandante Joni Rodrigo Feltes. A chamada dele caiu para os bombeiros de Taquara, que orientaram a ligar para o número administrativo de Igrejinha. Nesse meio tempo, o próprio pai conseguiu desengasgar a criança.
O comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Rolante, Leandro Gottschalk, destaca que, em média, as corporações da região atendem entre 150 e 240 ocorrências por mês. "Só em Rolante, já foram quase 1,8 mil chamados neste ano. As pessoas confiam em seus voluntários", completa.
"Além dos serviços e resgate e combate a incêndios, as três corporações atendem a inúmeros chamados para atendimentos pré-hospitalares, já que suas cidades não contam com serviço de Samu", lembra o presidente da Voluntersul, Anderson Jociel da Rosa. Um ofício foi encaminhado para que seja resolvido o problema em 72 horas. Se a causa não for esclarecida e resolvida, a entidade deve então acionar os responsáveis na Justiça.
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