A antiga Casa do Chefe da Estação, que servia de moradia para quem controlava a chegada e partida dos trens da Estação Férrea de Montenegro, volta a ter vida. O espaço, agora recuperado, simboliza a conclusão do projeto de restauração do patrimônio e da história da cidade.
A Estação da Cultura tornou-se icônica para Montenegro e um dos lugares mais queridos dos moradores. Inaugurada em 1909 e tombada pelo patrimônio histórico estadual em 1983, a antiga estação aos poucos recuperou seus traços originais e transformou-se em referência cultural e ponto de encontro e lazer. Com recursos da Braskem, o projeto de restauração foi desenvolvido em quatro etapas e a última contemplou a Casa do Chefe da Estação, inaugurada nesta sexta-feira. O local renasce revigorado com um salão para cerca de 80 pessoas e mais salas, que poderão ser utilizadas para diversas atividades.
Anteriormente, em 2006 e em 2009, foram recuperados o prédio principal da Estação Férrea e o antigo prédio dos Correios e Telégrafos, construído por volta de 1928, respectivamente. Este prédio foi estruturado de uma forma peculiar, com uso de trilhos de ferro, formando uma estrutura aparente, posteriormente preenchida com tijolos em cutelo, numa técnica similar à das antigas casas enxaimel, técnica de construção trazida da Alemanha, baseada na montagem de paredes com hastes de madeira encaixadas entre si. Em 2016, foi a vez da recuperação do antigo restaurante, datado da década de 1930.
O prédio principal da Estação da Cultura sedia ainda a Pinacoteca Municipal, além de ter espaço para exposições e outras atividades culturais. A partir de 2008, a instalação passou a abrigar também o Museu de Arte de Montenegro.
Na nova Casa do Chefe poderão ocorrer palestras, reuniões, oficinas e apresentações culturais. Também terá banheiros externos, que poderão ser utilizados pelos visitantes, inclusive em eventos, o que era uma das maiores carências do complexo da Estação. Dentro do projeto de sustentabilidade, foram instaladas 56 placas fotovoltaicas, gerando energia limpa e uma economia de 98%. A restauração do complexo da Estação da Cultura é coordenada pela Entidade de Filantropia, Cultura e Arte (Efica), formada por senhoras da sociedade.