A 16ª edição do Festival Internacional de Folclore de Nova Prata, que ocorrerá virtualmente nos dias 5 e 6 dezembro, será marcada pela solidariedade, por ações predominantemente online e, novamente, sediará o Campeonato Mundial de Danças Folclóricas da Fidaf Brasil. Jurados estrangeiros definirão o vencedor entre 13 países competidores e um aplicativo para votação popular apontará o preferido do público.
Normalmente realizado em setembro e ao longo de uma semana, a 16ª edição estava fadada a não ocorrer devido à pandemia, pela segurança de todos e pelo respeito às muitas vítimas da Covid-19. No entanto, pela força e a mobilização do festival, predominantemente feito por voluntários, o festival se propõe a cumprir o papel da solidariedade. E a solidariedade virá de muitas formas, para ajudar muitas pessoas.
Nessa questão, o festival voltará aos palcos com uma grande Campanha da Solidariedade. Percebendo que a maior e mais necessária mobilização era para arrecadar recursos com entidades parceiras, nos caixas dos supermercados locais e estimulando e organizando doações, se optou por concretizar a edição de 2020 com foco ainda mais social. "Há empresas que vão até abrir vagas temporárias de trabalho na campanha e oferecer emprego. Outros vão doar móveis e utensílios, que serão repassados a instituições ou famílias mais necessitadas. Por todos que estão precisando de ajuda acreditamos que era hora de adotar uma ação especial e uma nova edição do Fifnp, que será, mais do que nunca, o festival da solidariedade", acrescenta André Nedeff, presidente do festival.
O festival da cidade é o único do gênero nas Américas a integrar o circuito mundial de festivais competitivos da Federation of International Dance Festivals (Fidaf). Grupos de 13 países estão na competição, de nações tão distantes e distintas quanto África do Sul e Japão (veja relação completa ao final). No ano passado, o vencedor foi o representante das Filipinas, a Companhia Nacional de Danças Bayanihan. Na votação popular, sagrou-se o State Dance Ensemble (Ural), da Rússia.
Fora da competição, grupos locais também se destacam. São pessoas com deficiências, idosos, promotores de tradições gaúchas e outros, em uma celebração da diversidade. Entre os tradicionais destaques estão as apresentações dos alunos da Apae e da Ascodef (Associação Comunitária de Deficientes de Nova Prata), cujos espetáculos sempre emocionam dançarinos, familiares e da plateia em geral.