O período de exceção provocado pela pandemia impactou, também, o contexto público-orçamentário de Bento Gonçalves. Durante apresentação do balanço até o mês de setembro de 2020 feito pelo Observatório Social do Brasil do município (OSB-BG), dados mostraram que os cofres municipais receberam quase R$ 22 milhões do Fundo Nacional da Saúde (FNS) para uso exclusivo no combate à Covid-19 - sem contabilizar os demais repasses oriundos do Estado e de doações.
O órgão também elencou os dez maiores empenhos do Poder Executivo voltados à emergência sanitária - sendo o maior deles o valor de R$ 8,9 milhões à Associação Dr. Bartholomeu Tacchini, centro médico referência no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus na região. "Percebemos que, por ser um ano atípico, houve esse impacto importante no orçamento público municipal. Por isso, incluímos em nosso mapa de monitoramento essas entradas e saídas voltadas ao combate da pandemia", explicou a presidente do OSB-BG, Fernanda Titton.
Outra frente de permanente atuação da entidade é o acompanhamento das licitações - tanto do Executivo quanto do Legislativo. De maio a agosto desse ano, foram monitoradas 13 licitações na Câmara Municipal de Vereadores. Entre o valor estimado (R$ 180.053,67) e o homologado (R$ 171.572,29), ou seja, quando há a obtenção de resultado com menor custo possível, houve uma economicidade, gerada pelo próprio setor de licitações, de cerca de 5%.
Já na prefeitura de Bento Gonçalves, 159 licitações foram computadas no período. Com valor estimado de R$ 103,3 milhões e homologado em R$ 62 milhões, a economicidade foi de cerca de 41%. Outro assunto monitorado pela entidade sobre as ações do Poder Executivo foi o dos cargos comissionados (CCs). A média do segundo quadrimestre do ano foi de 132,5 CCs, a mais alta de todas desde o início do segundo mandato do prefeito Guilherme Pasin, em 2017. Naquele ano, de maio a agosto, o número foi de 121,7 CCs, frente aos 118 de 2018 e os 125,7 de 2019. Ao todo, a folha de pagamento dos CCs de maio a agosto deste ano consumiu pouco mais de R$ 2 milhões. "Mesmo tendo aumentado na média, os números encontram-se dentro do limite estabelecido por lei", afirmou Fernanda.
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