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Justiça Notícia da edição impressa de 29 de Outubro de 2020.

Operação apura sobrepreço na compra de itens em Uruguaiana

Investigação aponta que preço do álcool gel teria sido comprado por valor 88% maior do que o normal

Investigação aponta que preço do álcool gel teria sido comprado por valor 88% maior do que o normal


/MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL/DIVULGAÇÃO/JC
Uma operação realizada pelo Ministério Público do Estado (MPRS) foi realizada para apurar a suspeita de prática de preço abusivo e outras infrações cometidas contra o poder público de Uruguaiana durante a pandemia da Covid-19. Seis mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na prefeitura de Uruguaiana e em endereços residenciais e comerciais de Canoas, Santa Maria e de Uruguaiana. Os alvos são um secretário municipal e uma diretora da prefeitura de Uruguaiana e dois empresários. 
Uma operação realizada pelo Ministério Público do Estado (MPRS) foi realizada para apurar a suspeita de prática de preço abusivo e outras infrações cometidas contra o poder público de Uruguaiana durante a pandemia da Covid-19. Seis mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na prefeitura de Uruguaiana e em endereços residenciais e comerciais de Canoas, Santa Maria e de Uruguaiana. Os alvos são um secretário municipal e uma diretora da prefeitura de Uruguaiana e dois empresários. 
A investigação aponta que uma distribuidora de insumos laboratoriais sediada em Canoas vendeu para o município 1.283 galões de cinco litros de álcool em gel 70%, pelo valor unitário de R$ 150,00, totalizando uma negociação de R$ 192.450,00 entre os meses de março e julho deste ano. Comparando com valor médio de mercado de R$ 79,73 por unidade na época, os promotores identificaram sobrepreço de 88,1%, percentual que causou prejuízo aos cofres públicos superior a R$ 90 mil no período.
O MPRS apurou, ainda, que o valor unitário firmado com Uruguaiana durante a pandemia de Covid-19 é superior a contratos assinados com outros municípios gaúchos, como Lajeado (R$ 90,00) e Júlio de Castilhos (R$ 100,00), por exemplo. Também não há comprovação fiscal de que a empresa - mera distribuidora - tenha feito aquisição do produto para posterior revenda, além de a contratação ter sido feita com dispensa indevida de licitação.
O promotor de Justiça e coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) - Núcleo Saúde, João Afonso Silva Beltrame, diz que, diante da ausência de transparência nas compras públicas em foco, há sérios indicativos tanto de que os requisitos formais para a aquisição sem licitação não foram observados quanto de que a justificativa apresentada para a dispensa não se afigura idônea. "Pela apuração feita até aqui, há possibilidade de prática de infrações à economia popular, à ordem tributária e econômica, existindo indícios da prática de ilícitos penais", complementou o promotor de Justiça do Gaeco, Marcelo Dossena Lopes dos Santos.
Por meio de nota, a prefeitura de Uruguaiana disse todas as aquisições realizadas pelo Executivo passaram pela criteriosa análise dos setores responsáveis pela compra, controle interno e procuradoria do município, sempre atendendo a todos os requisitos legais pertinentes. "Como sempre fez, a prefeitura está colaborando totalmente como o Ministério Público para a urgente averiguação das informações. O município informa, ainda, que está reunindo seu corpo jurídico e técnico para levantamento dos dados e adoção, caso necessário, de medidas administrativas. Nenhuma postura que desrespeite o uso de recurso público é tolerada na nossa gestão", diz o texto.
 
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