A perspectiva é que São Borja resolva, em médio prazo, dois problemas históricos em relação ao destino adequado para o lixo urbano. Uma das soluções será saneamento ao passivo ambiental representado pelo lixão, no bairro do Passo, começando pela elaboração de um projeto de recuperação de área degradada. A outra iniciativa será a implantação de um aterro sanitário no município. As ações vêm sendo coordenadas, já há alguns anos, pela prefeitura.
Uma licitação este mês definiu a empresa que irá elaborar o projeto de recuperação do lixão. O secretário municipal de Meio Ambiente, Fábio Fronza, prevê pelo menos 120 dias de estudos e levantamentos técnicos. Ele detalha que, entre as medidas práticas previstas, toda a área receberá cercamento vegetal.
A empresa ainda produzirá relatórios sobre as melhores formas de tratamento em relação às 'montanhas' de resíduos acumulados nas últimas décadas, assim como indicará ações sobre o destino adequado de chorume, gases e demais materiais que possam contaminar o meio ambiente. Outra diretriz será no sentido de evitar incêndios no local, como tem ocorrido em anos passados.
Os recursos para elaborar o projeto de recuperação da área degradada sairão de receitas do Fundo Municipal de Defesa e Recuperação do Meio Ambiente. Já para executar o projeto, em etapa posterior, os recursos virão de valores que teriam de ser pagos em multas à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
Paralelamente, também evolui a instalação de um aterro sanitário, visando atender às demandas de São Borja. A implantação do projeto será por uma empresa privada. O local fica a aproximadamente 15 quilômetros da cidade e deverá ocupar uma área de cerca de 100 hectares.
Uma reunião, realizada na semana, trouxe novos avanços nas articulações. Através de videoconferência, uma audiência com a presidente da Fepam, Marjorie Kauffmann, e com procurador na área ambiental Felipe Teixeira foi feita para tratar do tema. Assim que a análise do projeto for concluída, São Borja vai receber licença prévia para que o aterro seja instalado.
O secretário Fronza informa que um dos passos seguintes será a realização de uma audiência pública, a fim de detalhar o projeto à comunidade. Atualmente, a prefeitura desembolsa mais de R$ 1,5 milhão para o transbordo do lixo de resíduos orgânicos em aterro sanitário em Giruá, e esse gasto será praticamente zerado.
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