O projeto Testar RS, voltado a ampliar a testagem da Covid-19 no Estado, permitiu que todos os casos de síndrome gripal fizessem o exame de biologia molecular. A medida possibilitou que, enquanto o Laboratório Central do Estado (Lacen) e laboratórios parceiros ficassem com as testagens de casos graves e prioritários, as demais pessoas que não fossem hospitalizadas tivessem a análise feita por laboratórios de outros Estados.

As centrais foram montadas nos laboratórios regionais do Lacen localizados em Caxias do Sul, Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Santa Cruz do Sul e Santa Maria. Cada uma delas abrange população de cerca de um milhão de pessoas e tem capacidade de receber, conferir, armazenar e despachar as amostras até o aeroporto mais próximo. Do Rio Grande do Sul, são encaminhadas para testes nos laboratórios de referência no Rio de Janeiro, no Paraná ou ainda em São Paulo, para que possam ser processados e tenham um diagnóstico rápido. Isso ajuda a entender o cenário da pandemia no estado.

Os locais passaram a funcionar no último dia 25 de setembro, após anúncio do governo estadual do programa de testagem nas regiões do Interior. Desde essa data, 17,6 mil amostras já foram triadas e despachadas nas centrais e em quantidades que foram aumentando progressivamente. Enquanto na primeira semana (no fim de setembro) a média diária de envios foi de 736 somadas todas centrais, na semana passada (primeira quinzena de outubro) foram quase 1,2 mil. Passo Fundo (3.083) e Caxias do Sul (2.164), cidades que tiveram um volume alto de casos desde março, lideram o número de testes realizados para diagnóstico da doença

São enviados para fora do Estado amostras de casos de síndrome gripal (de pacientes não hospitalizados). Ficam no RS para testagem no Lacen e laboratórios parceiros amostras dos casos considerados prioritários. São aqueles suspeitos de Covid-19 entre casos internados (por síndrome respiratória aguda grave - SRAG), óbitos e que envolvam situações de surtos, residentes ou trabalhadores de Instituições de Longa Permanência (ILPIs), trabalhadores de saúde e indígenas. Desde março, o Lacen já realizou mais de 67 mil exames para o novo coronavírus.