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PESQUISA Notícia da edição impressa de 16 de Outubro de 2020.

Estudo da Furg busca alternativas para alimentação de peixes

Projeto tem o objetivo de combater antinutrientes que estão presentes em dietas ricas em vegetais

Projeto tem o objetivo de combater antinutrientes que estão presentes em dietas ricas em vegetais


KÁTIA MARCON/KATIA MARCON /EMATER-RS/JC
Elaborada a partir de um dos principais gargalos da aquicultura, um estudo realizado na Universidade Federal do Rio Grande (Furg) buscou na engenharia genética uma solução para combater antinutrientes presentes nos ingredientes de origem vegetal, que são usados na composição de rações animais. A pesquisa é pioneira em demonstrar que um probiótico transgênico é capaz de minimizar efeitos negativos de uma dieta rica em vegetais, estimulando o sistema imunológico e reduzindo a resposta inflamatória e o estresse oxidativo do peixe.
Elaborada a partir de um dos principais gargalos da aquicultura, um estudo realizado na Universidade Federal do Rio Grande (Furg) buscou na engenharia genética uma solução para combater antinutrientes presentes nos ingredientes de origem vegetal, que são usados na composição de rações animais. A pesquisa é pioneira em demonstrar que um probiótico transgênico é capaz de minimizar efeitos negativos de uma dieta rica em vegetais, estimulando o sistema imunológico e reduzindo a resposta inflamatória e o estresse oxidativo do peixe.
Segundo Kamila Oliveira dos Santos, a tese começou a ser elaborada em 2015. Na ocasião, foi elaborado um projeto para que fosse possível enxergar uma problemática e, posteriormente, encontrar caminhos para uma solução na literatura científica. "Buscamos produzir um estudo que não ficasse apenas na produção de mais um manuscrito, mas sim algo que pudesse ser aplicado na prática e saísse das gavetas da universidade", explica a doutora.
Um exemplo destes compostos é o ácido fítico, ou fitato, que é a forma de armazenamento de fósforo dos vegetais. Este composto é difícil de ser quebrado pelo organismo e pode desencadear processos inflamatórios na mucosa intestinal. "Em nossa busca na literatura, descobrimos que a enzima fitase é amplamente usada em sua forma purificada, mas qualquer terapia medicamentosa e enzimática é extremamente cara", explica Kamila. A fitase atua diretamente no fitato, oferecendo uma forma mais absorvível do composto pelo organismo animal.
Para aproveitar os benefícios da enzima e driblar o alto custo de sua produção, a pesquisadora e seu orientador buscaram na engenharia genética uma solução para a problemática. "Pensamos em utilizar técnicas de engenharia genética em uma bactéria probiótica para que ela fosse programada para produzir e secretar uma fitase. Na nossa ideia, esse probiótico geneticamente modificado funcionaria como uma biofábrica de fitase", contextualiza o orientador.
De acordo com Kamila, após descobrir o sequenciamento genético da fitase, produziu-se a bactéria transgênica, posteriormente adicionada à ração do animal. "Uma vez dentro do organismo, a bactéria age na fabricação da enzima, combatendo os antinutrientes por um longo período", afirmou.
Este método, segundo a pequisa, representa uma alternativa economicamente vantajosa, uma vez que probióticos transgênicos expressando enzimas podem ser uma poderosa ferramenta para tornar as dietas mais eficientes do ponto vista nutricional e econômico. Além disso, abre possibilidades para o tratamento de doenças nutricionais, inclusive em humanos, e ainda representa um método de utilizar a enzima em um processo que não envolva diretamente a sua purificação, fator responsável por elevar o custeio da operação.
 
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