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PESQUISA Notícia da edição impressa de 13 de Outubro de 2020.

Estudo relaciona rios com a história do Vale do Taquari

Origem dos nomes dos cursos d'água no rio Taquari e das Antas foi analisada pela colonização das cidades

Origem dos nomes dos cursos d'água no rio Taquari e das Antas foi analisada pela colonização das cidades


/LUCAS GEORGE WENDT/UNSPLASH/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Os nomes dos rios de uma região podem revelar muito sobre a sua história. Por isso, uma pesquisadora da Univates apresentou um estudo no qual apresenta as origens dos nomes de 96 cursos d'água das bacias hidrográficas do Rio Taquari-Antas e do Rio Pardo e a sua relação com a história ambiental.
Os nomes dos rios de uma região podem revelar muito sobre a sua história. Por isso, uma pesquisadora da Univates apresentou um estudo no qual apresenta as origens dos nomes de 96 cursos d'água das bacias hidrográficas do Rio Taquari-Antas e do Rio Pardo e a sua relação com a história ambiental.
Melissa Diedrich realizou a análise de nomes geográficos, os topônimos, apresentando um estudo da origem, da motivação por trás da difusão de cada nome e da alteração de nomes de rios e arroios das bacias hidrográficas do Rio Taquari-Antas e do Rio Pardo ao longo do tempo, sob um enfoque histórico-ambiental.  "As motivações históricas dos nomes de arroios e rios comprovam o fato de que os topônimos carregam a identidade da região na qual estão inseridos e de que a história regional pode ser contada pela toponímia, ainda mais no caso da ocorrência de trocas de nomes ao longo do tempo", explica Melissa.
A partir do estudo emergiram categorias às quais a origem dos nomes pesquisados estão relacionados. Ao ambiente físico e elementos da natureza, por exemplo, cor, forma geográfica, localização, profundidade, tamanho e vegetação, a pesquisadora encontrou 38 hidrônimos. São exemplos "Estrela", "Taquari" e "Pardo", nomes de rios da bacia que atravessam os Vales e são importantes para formação da identidade das regiões.
Relação com a imigração, colonizadores e homenageados é uma categoria com 33 correspondências, conforme dados da pesquisa. É a segunda relação mais prevalente, o que indica estreita influência com os movimentos de migrações do século XIX. "Engenho", "Fão" e "Francisco Alves" são alguns dos exemplos.
A terceira categoria idealizada a partir da pesquisa encontrou relação do hidrônimo com a presença de animais na região. São 14 diferentes nomes de cursos d'água identificados com esta relação, como é o caso do rio das Antas, arroio Beija-Flor e arroio Cerro da Mula. Sete nomes têm relação com outros nomes de influência da cultura indígena. É o que acontece com as palavras "Jequi", "Quatipi" e "Saraquá", todos nomes de arroios das bacias hidrográficas estudadas.
A análise etimológica proposta ao longo da tese considerou o nome atual do topônimo. Pela análise histórica a pesquisa revela que muitos nomes de origem indígena foram adaptados à Língua Portuguesa e a outros idiomas. Esse é o caso do rio das Antas, que em guarani é "mboapari" ou "mborebi", as palavras para "anta" no idioma. A origem indígena etimológica das palavras, oriundas das línguas guarani, tupi e tupi-guarani, é bastante significativa e constatada em 21 hidrônimos. É a segunda mais frequente nas bacias hidrográficas analisadas. Já a língua mais frequente de origem foi o latim, com a qual estão relacionados 51 nomes de arroios ou rios.
O estudo também constitui-se num banco de dados para futura consulta de pessoas interessadas no assunto. Ele serve como resgate da memória e história regional dos Vales do Taquari e do Rio Pardo. Além disso, as informações levantadas pelo trabalho podem ser exploradas e aproveitadas para a composição de atlas toponímicos, mapas linguísticos e mesmo como fonte de consulta, sendo referências na área da hidronímia.
 
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