Para monitorar os tremores de terra que ocorrerem em Gramado, dois sismógrafos foram instalados pela Universidade de São Paulo (USP) no município. Pesquisadores do Centro de Sismologia da universidade vieram à Serra para efetuarem reparos no equipamento existente em Canela, e aproveitaram para instalar dois também em Gramado.
As duas estações sismográficas de Gramado foram instaladas com o objetivo de tentar entender o que está acontecendo na cidade. Os pesquisadores da USP entendem que os equipamentos devem ser mantidos por um ano ou mais, tempo suficiente para captar os futuros tremores e traçar um diagnóstico. Estes equipamentos captarão eventuais tremores e, pelo cruzamento de dados com outros eventos sismográficos, poderão identificar a magnitude e origem (epicentro) dos abalos.
O trabalho foi acompanhado pelo geólogo da prefeitura de Gramado, Paulo Stahnke. Segundo ele, as estações foram instaladas de forma a "cercar" o bairro Piratini, local de maior incidência de tremores entre os dias 21 de agosto e 8 de setembro. "Os equipamentos já estão operando e qualquer ocorrência sísmica a partir de agora os equipamentos vão registrar em tempo real e encaminhar imediatamente para a USP. Lá, um técnico receberá as informações, vai analisar e publicar o resultado no site do Centro de Sismografia da USP", informa Paulo Stahnke.
Segundo os pesquisadores, tremores são frequentes em vários estados do Brasil. Pequenas movimentações de terra, como os que têm sido sentidos em Gramado desde final de agosto, são relativamente frequentes em outras localidades. Os tremores que foram registrados na cidade, sentidos principalmente no bairro Piratini, não ultrapassaram até hoje magnitude 2 na escala Richter.