Os três primeiros casos de coronavírus em Canela foram confirmados no dia 13 de maio e, desde então a secretaria de Saúde do município realiza um estudo detalhado para monitorar o comportamento do vírus no município. Os primeiros levantamentos contabilizaram dados entre 13 de maio e 14 junho, quando Canela tinha 29 casos confirmados.
Já na segunda etapa do estudo, com dados coletados até 15 de julho, o número de casos confirmados saltou para 91, representando um crescimento de 214% em dois meses. A secretária de Saúde de Canela, Patrícia Valle, faz um alerta de que estes números comprovam que o momento exige atenção total e comprometimento de todos. "Não podemos relaxar. É preciso evitar reuniões familiares e aglomerações", comenta Patrícia.
Entre os 91 pacientes infectados analisados no estudo, 32,4% foram assintomáticos, ou seja, eram portadores da doença mas não exibiram sintomas. O sintoma mais comum entre os infectados foi a febre, que esteve presente em 13,7% dos pacientes. Tosse seca (12,9%), dor no corpo (7,9%) e dor de cabeça (7,9%) também estão entre os sintomas mais relatados pelos infectados.
Assim como no primeiro mês de monitoramento do vírus, o Centro da cidade segue sendo o bairro com maior número de casos, registrando 17,2% dos pacientes infectados. Conforme a enfermeira epidemiologista Marta Vaccari Batista, que liderou o estudo, o número está "dentro da normalidade" por tratar-se de uma região com grande circulação de pessoas, além de possuir comércios e restaurantes. Outro fator que merece destaque é o bairro Luiza aparecer na 2ª colocação no número de casos com 10,3% dos infectados. O bairro não possui uma grande população, no entanto, conta com muitas residências de veranistas de outras cidades que passam períodos em Canela.