O município de Guaíba terá, até o final do mês de outubro, a orla totalmente repaginada nos balneários Alegria e Alvorada. Os espaços estão passando por obras de requalificação urbana e contarão com novas áreas de lazer, locais para práticas de esporte, espaço pet, novos píeres, entre outras melhorias para as comunidades da região.
Os projetos arquitetônicos e de engenharia foram definidos em conjunto entre a CMPC, que opera na cidade, o Ministério Público do Rio Grande do Sul, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e a própria comunidade, que, por meio da aproximação e diálogo, contribuiu com sugestões, expondo suas necessidades e desejos para o novo espaço urbano. As obras serão feitas a partir de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), em função das ocorrências socioambientais causadas na época de expansão da empresa, em 2015. Após discussões técnicas e jurídicas entre as partes, o termo foi assinado no começo de 2019, dando início a um conjunto de medidas mitigatórias, que incluem a revitalização das orlas.
No Balneário Alvorada estão previstos quase quatro mil metros quadrados de obras, que incluem um novo píer, playground, iluminação, novas áreas de estar, espaço pet e calçadas repaginadas. Já no Balneário Alegria, haverá implantação de acesso ao Marco Farroupilha, de espaços para a prática de esportes e áreas para lazer e convivência. No local, são previstos mais de 13 mil metros quadrados de obras.
"Fortalecemos ainda mais o nosso laço com a cidade, sempre abertos ao diálogo. Por isso que a grande construção dessa iniciativa se deu na conversa com as pessoas, com as associações de moradores e instituições de Guaíba em inúmeros encontros que tivemos. Cocriamos os projetos com os próprios moradores das orlas, para que fosse possível entender as necessidades das pessoas e seus desejos", explica Daniel Ramos, diretor de Relações Institucionais, Comunicação e Sustentabilidade da CMPC.
A promotora de Justiça, Ana Luiza Leal, destaca que o Ministério Público do Rio Grande do Sul em Guaíba vem atuando alicerçado ao conceito de cocriação, que nada mais é que criar junto, abrir espaços de interação entre as instituições, levar em conta diferentes perspectivas, sempre com o objetivo de gerar algo construtivo e estruturado de forma coletiva.
Para o procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Fabiano Dallazen, trata-se de um trabalho exemplar para a criação de uma solução ao município. "É desta forma, integrando a necessidade de desenvolvimento econômico com a preservação ambiental que o Ministério Público atua para dar sustentabilidade às nossas cidades", destaca.