Exigência legal para que os municípios possam solicitar recursos da União para investir em obras de mobilidade, a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana teve recentemente encerrada a sua segunda fase com o recebimento do diagnóstico feito pela empresa Imtraff Consultoria e Projetos de Engenharia, contratada mediante licitação para elaboração do documento. Essa fase, que consistiu na elaboração do diagnóstico, contemplou levantamento de dados, observações de campo, memorial fotográfico, elaboração de relatório identificando os principais empecilhos à mobilidade urbana local.
Conforme o titular da secretaria do Planejamento e Urbanismo, Giancarlo Bervian, o diagnóstico apontou que 38% dos entrevistados utilizam ciclofaixas e ciclovias na área urbana da cidade. Além disso, 24,3% dos que participaram da pesquisa apontaram que utilizariam a bicicleta como modo de transporte, sendo que outros 41,5% responderam que isso dependeria da segurança oferecida aos usuários. Os bairros Moinhos e Florestal foram os que apresentaram os maiores índices de deslocamento feitos por bicicleta. Outro dado interessante apontou que, entre os meios utilizados para se deslocar, 56% usam condução própria, 13% o fazem a pé, 12% de ônibus, 9% de motocicleta e 10% escolheram a opção outros para a resposta.
Com relação ao número de veículos, Lajeado chegou a marca de 71 mil veículos em 2020, sendo 55 mil somente de carros de passeio e motocicletas. Isso representa 1,5 habitante por veículo, um dos maiores desafios do Plano de Mobilidade, tendo em vista que especialistas na área recomendam um índice de cinco habitantes por veículo.
A terceira fase consiste na elaboração de propostas e diretrizes para nortear as ações de promoção da mobilidade urbana. A ideia é que todo o estudo fique pronto até agosto.