A retomada das aulas na rede pública de ensino ainda gera dúvidas e incertezas por parte dos gestores públicos. Por este motivo, a Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) reuniram, em videoconferência, autoridades educacionais e políticas para debater o tema.
Ontem, o governador, Eduardo Leite, anunciou duas etapas de retorno às aulas. A primeira, para segunda-feira, com o ensino remoto para todos os níveis de educação, tanto privado quanto público. A segunda, prevista para 15 de junho, contempla atividades práticas em universidades e cursos livres, como o de línguas, por exemplo. Serão cinco etapas no total, com voltas previstas até o mês de setembro. As próximas medidas devem ser anunciadas em 15 de junho.
"Procuramos, na medida do possível, buscar alternativas para a retomada do ano letivo, mas acima de tudo visando a segurança e proteção dos alunos das diferentes áreas de ensino. Vamos elaborar um documento, firmado por todos os participantes, a ser encaminhado à Secretaria Estadual de Educação com as ponderações e sugestões apontadas", avalia o presidente da Amvat e prefeito de Nova Bréscia, Marcos Martini.
Conforme Fátima Ehlert, que coordena a área na Famurs, a retomada das aulas presenciais deve obedecer a estudos técnicos, pois uma série de fatores precisam ser levados em conta a partir da pandemia, entre os quais os investimentos necessários, por exemplo. Para ela, deve haver uma estratégia de enfrentamento também nas políticas sociais, envolvendo as secretarias de Educação, Saúde e Assistência para atender os alunos com situação social diferenciada diante da pandemia.
Presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime/RS), o secretário de Educação de Estrela, Marcelo Mallmann, observou que tanto a entidade quanto a Famurs têm defendido que ainda não é o momento de retorno presencial às aulas. "Nossa primeira preocupação é a preservação da vida, garantir a saúde, e não a recuperação das aulas", enfatizou. Segundo ele, a proposta estadual é de um retorno gradual, pelos alunos que têm maior autonomia, respeitando as bandeiras do distanciamento controlado do RS, pois as regiões que tiverem bandeira vermelha e preta não poderão voltar às atividades nas escolas. .
Mallmann também chamou atenção para os investimentos que serão necessários nas escolas para o retorno, pois uma estimativa feita em seu município mostra que haverá um custo de R$ 180,00 por aluno, para aquisição de equipamentos de proteção, mais de R$ 70,00 a R$ 80,00 mensais para reposição de materiais. Nisto, não está incluído transporte, que também terá que mudar para se adaptar às regras.
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