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CORONAVÍRUS Notícia da edição impressa de 13 de Maio de 2020.

O Vale do Taquari foi discriminado, afirma presidente da Amvat

Marcos Martini encaminhou um documento ao governador para buscar esclarecimentos

Marcos Martini encaminhou um documento ao governador para buscar esclarecimentos


PREFEITURA DE NOVA BRÉSCIA/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Única região do Rio Grande do Sul com a bandeira vermelha no mapa de distanciamento controlado, criado pelo governo estadual e em vigor desde a segunda-feira, o Vale do Taquari tenta mobilizar todos os 37 municípios para reverter o quadro já na próxima atualização, que acontecerá no sábado. A Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) fez uma reunião com líderes das cidades para discutir ações, mas também para fazer cobranças ao governador, Eduardo Leite, principalmente para ajudar nessa reversão de quadro.
Única região do Rio Grande do Sul com a bandeira vermelha no mapa de distanciamento controlado, criado pelo governo estadual e em vigor desde a segunda-feira, o Vale do Taquari tenta mobilizar todos os 37 municípios para reverter o quadro já na próxima atualização, que acontecerá no sábado. A Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) fez uma reunião com líderes das cidades para discutir ações, mas também para fazer cobranças ao governador, Eduardo Leite, principalmente para ajudar nessa reversão de quadro.
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O prefeito de Nova Bréscia – e também presidente da Amvat – Marcos Martini, afirmou que encaminharia um documento assinado pela entidade, em parceria com instituições locais, questionando sobre a decisão tomada de restringir atividades somente nessa área do Estado. A bandeira vermelha indica que a região encontra-se em um dos dois cenários: baixa capacidade do sistema de saúde e média propagação do vírus ou média/alta capacidade do sistema de saúde, porém alta propagação do vírus.
Quando o plano foi apresentado pela primeira vez, no fim de abril, além do Vale do Taquari, a região de Passo Fundo, no Norte, também estava classificada como vermelha. Contudo, após a cidade ter recebido leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para ampliar o atendimento, quando o decreto entrou em vigor, a região passou a integrar a bandeira laranja, um pouco mais flexível. Segundo Martini, a região foi “discriminada” pelo Estado. “Queremos saber o motivo pelo qual somente o Vale (do Taquari) ter essa determinação. Há muito pequenos municípios que não aguentam ficar com tudo fechado, e os casos estão mais concentrados em Lajeado. Queremos um posicionamento do Estado sobre o que farão por nós”, afirma o líder da entidade.
Pelo painel de informações acerca do coronavírus, disponível no site da secretaria estadual da Saúde, somados, os 37 municípios tiveram 425 casos de Covid-19, o que representa 15,1% do total de notificações confirmadas. Apenas nove cidades não registraram infectados. Lajeado, Encantado, Arroio do Meio, Estrela e Taquari concentram três em cada quatro testes positivos, segundo levantamento realizado nesta terça-feira. Ainda foram confirmadas 13 mortes na região.
O presidente da Amvat afirma que, apesar das associações terem tido a possibilidade de contribuir com sugestões para a formulação do distanciamento controlado, o estudo já foi apresentado a eles com as bandeiras pré-determinadas. Por esse motivo, quer um posicionamento do governo estadual sobre as formas de ajudar os municípios a criarem alternativas para evoluírem no controle da doença. “Tenho certeza que nós estamos fazendo a nossa parte, mas sem a ajuda do Estado, será muito difícil avançar”, comenta.
Dois hospitais da região já estão com estrutura pronta para ampliação dos leitos de UTI. Em Estrela, serão 10 espaços, com possibilidade de chegar a 30 em caso de necessidade. Já em Encantado, cinco leitos devem ser abertos nos próximos 15 dias e mais 10 estão previstos até a primeira quinzena de junho. Teutônia inaugurou, na segunda-feira, oito leitos clínicos e três semicríticos. A ampliação foi necessária pois a estrutura do Hospital Ouro Branco atingiu a capacidade máxima na semana passada.

Epicentro dos casos, Lajeado crê em surto controlado nos frigoríficos e mudança da bandeira já no sábado

Com 194 casos de Covid-19 confirmados, além de nove mortes registradas pela doença, Lajeado se tornou uma das cidades com maior contágio entre a população do Rio Grande do Sul. O crescimento se deu, principalmente, por conta de surtos registrados em dois frigoríficos da cidade, o Minuano e da BRF. Na semana passada, a justiça decretou a interdição dos dois locais pelo período de 15 dias para tentar controlar o avanço de casos.
O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, entende que o surto nos frigoríficos já passou, uma vez que as casas de saúde da cidade têm cada vez menos pessoas relacionadas a estas empresas buscando atendimento e testando positivo. Além disso, tenta reverter a decisão ao alinhava junto ao Ministério Público uma solução de retomada antes do prazo, que expira no dia 23 deste mês.
Outro tipo de estabelecimento com registro de casos concentrados foram os em lares geriátricos. Duas das 12 Instituições de Longa Permanência de Idosos apresentaram surtos, com três óbitos registrados. As medidas foram endurecidas, como testagem dos profissionais e idosos e restrição às visitas.
Caumo vê possibilidade na mudança da classificação de Lajeado e o Vale do Taquari já no sábado, quando a atualização do governo do Estado será feita. “Temos percebido uma redução do ritmo de crescimento dos casos, e este foi um dos fatores que mais nos prejudicou na avaliação. Além disso, estamos em contato com as prefeituras de nossa região e também da macrorregião para que possamos ao longo desta semana ampliar a oferta de leitos de UTI”, afirma.
Lajeado já está com sua capacidade máxima de leitos de UTI instalados. Ainda em março, o município adquiriu sete respiradores mecânicos, no valor de R$ 500 mil, e repassou ao Hospital Bruno Born para ampliar a capacidade de atendimento do hospital. Uma área específica para Covid foi criada, inicialmente com oito leitos, depois foi ampliada para 13 e, por fim, com readequação de espaços, está agora com 18 leitos de UTI Covid-19 e 35 leitos de internação para a doença. “O hospital chegou ao seu limite físico e não tem como ampliar mais. Precisamos que as outras cidades aumentem sua capacidade para absorver a demanda”, disse o prefeito.
Já na testagem, prefeitura e a Universidade do Vale do Taquari firmaram parceria para realizar os testes PCR, com maior eficácia. Dos casos confirmados, 60% vieram da rede privada. O município quer receber um volume maior de testes do Ministério da Saúde, de pelo menos duas mil unidades, para realizar uma pesquisa para o número de infectados no município. O projeto deve ser iniciado nas próximas semanas.

Pandemia, aliada com a estiagem, agrava prejuízo das cidades menores da região

Além da pandemia de coronavírus, a seca é mais um ponto que agrega prejuízos aos municípios do Vale do Taquari, sobretudo aos menores. Levantamento feito pela Amvat mostrou que, nos meses de março e abril, houve uma redução de 60 a 70% com impostos. A estiagem teria sido responsável por uma perda de R$ 10 milhões na arrecadação.
Em Nova Bréscia, o setor primário é responsável por 90% de tudo que entra no cofre da prefeitura. O município tem como principal vocação a produção de frango. Em 2019, foi o maior fornecedor da ave no Rio Grande do Sul, com uma média de três milhões de abates por mês.
Com o setor em queda, os efeitos da estiagem e o aumento nos gastos, sobretudo com a saúde, o chefe do Executivo municipal afirmou que os prefeitos das cidades cuja população – e o potencial financeiro – é menor estão “cada vez mais estressados”, pois não sabe o que farão para a conta fechar. “Nós ouvimos muitas notícias de auxílios que vão chegar aos estados e municípios, mas a burocracia faz esses repasses terem uma data indefinida. Enquanto não vermos no cofre, é dinheiro que não contamos pra nada”, diz o presidente da Amvat. Segundo ele, sem o socorro aprovado pelo governo federal, as cidades do Vale do Taquari, “em breve”, terão que parar, inclusive, serviços essenciais.
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