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TECNOLOGIA Notícia da edição impressa de 27 de Março de 2020.

Furg usa impressora 3D para criar máscaras de proteção

Universidade vai disponibilizar material para três cidades da Região Sul

Universidade vai disponibilizar material para três cidades da Região Sul


/FURG/DIVULGAÇÃO/CIDADES
A estrutura, a mão de obra e o conhecimento produzido na Universidade Federal do Rio Grande (Furg) são utilizados para a produção de materiais importantes no combate ao coronavírus. Um antisséptico à base de álcool e máscaras faceshield - um equipamento de proteção individual para profissionais de saúde que atuam na linha de frente - estão sendo fabricados por membros da universidade. A produção, que já começou, será doada para os serviços públicos de saúde.
A estrutura, a mão de obra e o conhecimento produzido na Universidade Federal do Rio Grande (Furg) são utilizados para a produção de materiais importantes no combate ao coronavírus. Um antisséptico à base de álcool e máscaras faceshield - um equipamento de proteção individual para profissionais de saúde que atuam na linha de frente - estão sendo fabricados por membros da universidade. A produção, que já começou, será doada para os serviços públicos de saúde.
A universidade iniciou os testes para produção de máscaras de proteção faceshield a partir da impressão 3D. Esse modelo de máscara oferece proteção total à face dos profissionais de saúde, evitando o contágio de doenças transmissíveis pela saliva e fluidos nasais, ao mesmo tempo em que permite a comunicação clara e sem ruídos de obstrução. A iniciativa é resultado de um esforço conjunto de diversos grupos de pesquisa e laboratórios da Furg.
Por enquanto, três modelos de máscaras foram entregues pela Furg para a avaliação de profissionais de saúde do Hospital Univeritário Miguel Riet Corrêa Jr. Aprovadas pelos profissionais, as proteções serão produzidas em escala maior para atender à demanda dos municípios de Rio Grande, São José do Norte e Santa Vitória do Palmar, no Extremo-Sul do Estado.
Quanto à escolha dos materiais, Letieri Ávila, que coordena a ação, esclarece: "O acetato nos dá a transparência, nos dá a segurança e também é lavável, higienizável, o que é o primeiro requisito na confecção de Equipamento de Proteção Individual (EPI) para esse tipo de situação". A produção-piloto, com dois modelos, foi entregue para avaliação dos profissionais do hospital. Para potencializar a fabricação, a universidade aceita doações tanto de acetato, com espessura mínima de 0,5 mm, quanto de filamento para impressora 3D. O grupo criou um espaço on-line para a arrecadação de recursos, com meta estimada em R$ 12 mil. No site Vakinha, é possível encontrar através do nome "Ajuda para confecção de EPI's contra o Covid-19".
Já a Escola de Química e Alimentos fez testes para a produção do antisséptico a base de álcool. O destino será o Hospital Universitário e as prefeituras de Rio Grande e São Lourenço do Sul. No total, 50 pessoas estão envolvidas diretamente com o projeto e a ação também conta com banco de reserva de voluntários que desejam participar.
Sobre a fórmula, o professor Felipe Kessler, coordenador do curso de Química, explica que o antisséptico à base de álcool é um produto recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem as mesmas características do álcool em gel 70%. "O antisséptico consiste em produto viscoso contendo álcool, glicerina e peróxido de hidrogênio, e sua metodologia de produção é a recomendada pelo guia da Organização Mundial da Saúde (OMS)", menciona o docente. A previsão é que a produção inicial seja de 120 litros por dia, podendo chegar a 480 litros por dia, conforme a disponibilidade de insumos.
No campus da FURG em São Lourenço do Sul, docentes e técnicos realizaram uma doação à secretaria de Saúde do município de máscaras, caixas de luvas de látex e álcool 70% líquido. O álcool foi produzido nos laboratórios do campus, enquanto os demais produtos faziam parte do estoque da instituição para a realização de aulas práticas nos laboratórios.
 
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