A falta de chuva levou Venâncio Aires a tomar providências. Após o decreto de situação de emergência ter sido homologado pelo governo federal, foi formalizado um comitê para gerenciamento das demandas e dos problemas ocasionados pela estiagem, que tem causado mais de R$ 75 milhões em prejuízos no município.
O grupo é formado por representantes das secretarias municipais, Vigilância Sanitária, Defesa Civil, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Sindicato Rural, Corpo de Bombeiros, Emater e Corsan, e passa a avaliar o abastecimento e a qualidade da água, assim como organizar os pedidos de ajuda, principalmente do Interior, que chegam diariamente ao Executivo. Uma das principais demandas que chegam à prefeitura se refere ao abastecimento de água, à abertura de poços e à limpeza de açudes.
De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Rural, André Kaufmann, cerca de 20 pedidos chegam à pasta diariamente. Desde janeiro, mais de 300 solicitações já foram atendidas. O trabalho tem sido intenso e ocorre, em alguns dias, até as 21h. Atualmente, a região do 9º Distrito é a mais castigada, principalmente pela falta de água para consumo humano. Para amenizar a situação, foi solicitado o reforço em máquinas para perfuração de poços e abertura de açudes, além de caminhão pipa para abastecimento de água potável.
O prefeito Giovane Wickert salienta a preocupação e o esforço que está sendo realizado para que a comunidade não sofra ainda mais, após perdas nas lavouras, também com falta de água para o próprio consumo, assim como para os animais. "É importante reunirmos esse grande grupo que lida diariamente com as demandas e se alinha da melhor forma possível aos atendimentos. Precisamos tratar com muita seriedade os pedidos, avaliar as prioridades e a logística, e também é necessário regrar para que não aconteçam falhas neste trabalho, como, por exemplo, furar a fila de entrega de água", avaliou.
A partir do encontro do comitê e de inúmeras denúncias recebidas, foi elaborado também um decreto que orienta o uso racional da água. A partir do documento, fica proibida a utilização de água potável para lavagem de veículos e de calçadas e telhados de prédios comerciais, industriais ou residências, irrigação de gramados, jardins e floreiras, e reposição total ou troca de água de piscinas de entidades, associações ou residências pelo prazo até que se restabeleça a normalidade nos recursos hídricos do município. Em caso de não cumprimento de quaisquer das vedações, será passível de advertência por escrito, e, em caso de inobservância, será aplicada multa de R$ 230,00.