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DIREITOS HUMANOS Notícia da edição impressa de 06 de Março de 2020.

Índios de Charqueadas pedem ao Estado a construção de uma escola

Local onde aconteciam as aulas pegou fogo em 2018, e sala precisou ser improvisada desde então

Local onde aconteciam as aulas pegou fogo em 2018, e sala precisou ser improvisada desde então


/FLAVIA LIMA MOREIRA/DIVULGAÇÃO/CIDADES
No ano de 2012, foi criada pelo governo do estado a Reserva Indígena Estadual que hoje abriga a Aldeia TeKoá Guajayvi, em Charqueadas. Ainda em processo de regularização fundiária, o cacique Cláudio Acosta conta que esses têm sido anos de resistência.

No ano de 2012, foi criada pelo governo do estado a Reserva Indígena Estadual que hoje abriga a Aldeia TeKoá Guajayvi, em Charqueadas. Ainda em processo de regularização fundiária, o cacique Cláudio Acosta conta que esses têm sido anos de resistência.

O terreno era usado pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) para plantação de eucaliptos e a confecção de postes de luz. Hoje, nas mãos dos indígenas, já foram plantadas mais de duas mil mudas nativas na região e a mata nativa está ressurgindo. Lá são produzidos, ainda, produtos de artesanato. Da região no entorno, eles tiram, ainda, alimento da pesca e da caça. No entanto, o cacique vê descaso com a situação da aldeia por parte dos governantes. "Parece que somos invisíveis. O caso da nossa escola é mais uma prova disso", desabafa. 

Há dois anos, a Escola Estadual Indígena de Ensino Fundamental Aldeia Guajayvi incendiou. O espaço que abrigava a escola era simplesmente a sala da casa do cacique. E foi essa escola que o fogo atingiu em 2018. Desde então há uma incessante busca por auxílio do governo estadual. Em 2019, a esperança dos cerca de 20 alunos (do jardim ao nono ano do ensino fundamental) foi renovada. Em reunião na 12ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Acosta foi informado que a escola de sua aldeia era a prioridade do governo estadual.

No entanto, até agora nenhuma ação foi tomada. "Além de não termos uma escola, não temos nem merenda escolar. As aulas deveriam ter iniciado no início de março. Mas dias antes fomos informados que não há recursos para a merenda escolar. Se educação é um direito, por que esse descaso?", questiona a professora da rede estadual de ensino, Márcia Luísa Tomazzoni.

Márcia dá aula na escola há cerca de dois anos. Ela conta um pouco da rotina com os alunos. "Quando chove, não temos aula. É impossível porque chove dentro da sala de aula; no inverno, o frio é tão intenso, que se torna inviável o estudo; o telhado com buracos e o chão com frestas significativas fazem o frio doer". Ela prossegue: "não nos falta vontade, nos falta o mínimo. O quadro negro foi uma doação, mas em metade dele não se pode escrever; as cadeiras e classes são quebradas; por muitas vezes precisamos ter aula na rua para fugir dos riscos da sala, que tem fios de eletricidade aparentes".

O local ainda vive a expectativa da liberação da Mina Guaíba. O local seria afetado se a liberação para a construção fosse feita. Por enquanto, uma liminar suspendeu o licenciamento ambiental da mina.

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