A prefeitura de Pelotas deu início ao combate à erva-de-passarinho, que se desenvolve nas árvores da praça Coronel Pedro Osório. Para interromper o processo de crescimento e cessar a alimentação da planta, o método utilizado é o de secção de partes principais dos "troncos-raízes".
Professor aposentado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul), Gilberto Demari Alves treinou os servidores municipais para as intervenções de secionamento das partes principais da erva-de-passarinho. "É um método manual, quase cirúrgico, de interrupção do processo de alimentação e consequente desenvolvimento da planta", comentou. Desta forma, ela não precisa ser removida, e fica preservada a estrutura à qual estiver presa.
A erva-de-passarinho toma conta da árvore, alimenta-se dela e cresce em grandes proporções. Em muitos casos, chega a dobrar o volume da hospedeira, uma das razões que a torna frágil e com a resistência comprometida contra a ocorrência de ventos fortes ou de umidade excessiva. Para reverter o enfraquecimento, é preciso suprimir pedaços da parasita. Caso contrário, a árvore poderá morrer.
"A praça tem a proposta de sediar diversidade de espécies para que se tornem conhecidas. A erva-de-passarinho não é necessária nestas árvores", comentou o professor Alves, salientando que a parasita se desenvolve com o objetivo de atingir o solo e produz flores e frutos, que servem de alimento aos pássaros. Depois de concluído o trabalho na Coronel Pedro Osório, o mesmo procedimento começará nas árvores do Parque da Baronesa, do Parque Dom Antônio Zattera, da praça Cipriano Barcellos, e das principais avenidas da cidade.
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