O Laboratório de Análises Toxicológicas da Feevale é o primeiro de uma universidade brasileira a obter credenciamento do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para testes toxicológicos de larga janela de detecção. Com isso, a Instituição poderá atender, por exemplo, participantes de concursos públicos, como o da Brigada Militar, que exige exame toxicológico na fase intermediária (investigação social do candidato e comprovação das condições de inscrição). Os exames começaram a ser realizados desde ontem.

O exame toxicológico vem sendo exigido em alguns processos seletivos, principalmente para a função militar, de segurança pública, aviação e saúde. Os testes têm caráter eliminatório se o resultado for positivo ou se o candidato se recusar a fazer a análise. Esta é feita a partir de uma pequena amostra de cabelos ou pelos, a qual poderá apontar drogas ilícitas, como maconha, crack, ecstasy e anfetaminas, entre outras substâncias e derivados.

 Segundo o coordenador do mestrado em Toxicologia e Análises Toxicológicas da Feevale e diretor científico do laboratório, Rafael Linden, as legislações exigiram que os laboratórios que realizam esses testes cumpram elevados requisitos de segurança e qualidade, expressos em uma norma específica do Inmetro que é considerada a mais rigorosa relacionada à qualidade de laboratórios de análise. "Atualmente, apenas 18 laboratórios brasileiros estão credenciados para a realização desses testes", afirma. Rafael ressalta que um diferencial do laboratório é que seu corpo técnico é composto de mestres e doutores na área de Toxicologia e Análises Toxicológicas, os quais são pesquisadores de referência nacional, com autoria de publicações internacionais referentes à análise toxicológica em cabelo.