OLÁ, ASSINE O JC E TENHA ACESSO LIVRE A TODAS AS NOTÍCIAS DO JORNAL.

JÁ SOU ASSINANTE

Entre com seus dados
e boa leitura!

Digite seu E-MAIL e você receberá o passo a passo para refazer sua senha através do e-mail cadastrado:


QUERO ASSINAR!

Cadastre-se e veja todas as
vantagens de assinar o JC!


Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

COMENTAR |
PASSO FUNDO Notícia da edição impressa de 14 de Fevereiro de 2020.

Especialista defende ruptura no modelo acadêmico brasileiro

Messias Borges da Silva afirmou que as aulas em universidades precisam ser mais atrativas para os alunos

Messias Borges da Silva afirmou que as aulas em universidades precisam ser mais atrativas para os alunos


/CAMILA GUEDES/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Atividades em grupos, multidisciplinariedade, diferentes avaliações e o desafio de buscar conhecimento para resolver problemas reais. É com base em algumas dessas metodologias, que o professor Messias Borges Silva vem transformando as salas de aula do Brasil. Doutor em Engenharia Química e docente na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Estadual Paulista (Unesp), Silva atua há cerca de dez anos desenvolvendo ações voltadas à melhoria da qualidade do ensino superior no país. Ele conversou com os docentes da Universidade de Passo Fundo durante a Aula Magna, atividade que integra o início do ano letivo na instituição.

Atividades em grupos, multidisciplinariedade, diferentes avaliações e o desafio de buscar conhecimento para resolver problemas reais. É com base em algumas dessas metodologias, que o professor Messias Borges Silva vem transformando as salas de aula do Brasil. Doutor em Engenharia Química e docente na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Estadual Paulista (Unesp), Silva atua há cerca de dez anos desenvolvendo ações voltadas à melhoria da qualidade do ensino superior no país. Ele conversou com os docentes da Universidade de Passo Fundo durante a Aula Magna, atividade que integra o início do ano letivo na instituição.

Professor há 38 anos, Silva contou que levou 25 para mudar sua postura como docente. "Pelo menos 40% dos meus alunos levavam bomba nas minhas disciplinas. Alguns, inclusive, foram embora por minha causa", contou. A mudança veio após conhecer o pesquisador Richard Feynman, considerado o educador do século. "Ele disse uma vez que, partindo da ideia de que o aluno quer aprender, se ele não aprende, a culpa do professor. A partir daí eu comecei a pensar melhor na educação", lembrou.

De acordo com ele, o aluno hoje não consegue prestar atenção e a aula se tornou algo desinteressante, chato. Para o professor, uma das alternativas é abrir as universidades para o mundo externo."O ensino superior brasileiro está em um momento em que precisa haver uma ruptura. No próximo ano, vamos começar a receber a geração centennial na sala de aula, uma geração mais responsável, mais focada, o público será diferente e esse modelo educacional universitário não funciona com eles", pontuou.

A utilização de problemas reais é uma de suas apostas em sala de aula. Na opinião do professor, é preferível enxugar o currículo e ter mais tempo para explorar as competências de cada estudante. Outra metodologia usada pelo docente é a de não aplicar provas. Em algumas de suas disciplinas, a avaliação é feita por meio de atividades em grupos em toda as aulas e a nota é dada tanto pelo professor, quanto pelo próprio acadêmico, que precisa avaliar com os colegas quem mais contribuiu para o resultado final. "Tudo que o estudante faz pontua positivamente", completou.

Apesar de já ter colocado em prática muitas dessas metodologias, o professor ressaltou que ainda existem mais dúvidas do que soluções práticas para compartilhar. "Precisamos construir juntos. As nossas experiências estão sendo construídas ainda e nós temos muito mais perguntas do que respostas, mais desafios do que soluções. Cabe a nós começar a construir essas soluções e compartilhar com os demais", frisou.

Comentários CORRIGIR TEXTO
CONTEÚDO PUBLICITÁRIO

Leia também

Desde 1996 o Jornal Cidades dedica-se exclusivamente a evidenciar os destaques dos municípios gaúchos. A economia de cada região é divulgada no jornal, que serve também de espaço para publicação de editais de licitação. Entre em contato conosco e anuncie nessa mídia adequada e dirigida às Prefeituras de todo o RS.

Informações e anúncios - Fone: (51) 3221.8633
E-mail: [email protected]


www.jornalcidades.com.br