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LAGOA VERMELHA Notícia da edição impressa de 24 de Janeiro de 2020.

Contato com o mar serve como estímulo para pacientes

Em alusão ao Janeiro Branco, voltada aos cuidados com a saúde mental, assistidos do Caps municipal foram levados para passar o dia em Torres

Em alusão ao Janeiro Branco, voltada aos cuidados com a saúde mental, assistidos do Caps municipal foram levados para passar o dia em Torres


/FRANCIELE MORAES/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Para algumas pessoas é uma tarefa fácil viajar até a praia. Para outras, entretanto, essa história é diferente, e a experiência acaba por se tornar uma oportunidade para superar obstáculos. E foi isso o que aconteceu com os usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Lagoa Vermelha. Mesmo sentindo certo receio e insegurança em frente ao mar, a grande maioria o conheceu e adentrou nas águas do litoral pela primeira vez. Esse foi o momento ideal para fortalecer a autoconfiança.
Para algumas pessoas é uma tarefa fácil viajar até a praia. Para outras, entretanto, essa história é diferente, e a experiência acaba por se tornar uma oportunidade para superar obstáculos. E foi isso o que aconteceu com os usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Lagoa Vermelha. Mesmo sentindo certo receio e insegurança em frente ao mar, a grande maioria o conheceu e adentrou nas águas do litoral pela primeira vez. Esse foi o momento ideal para fortalecer a autoconfiança.
O destino dos 29 usuários do Caps foi a praia de Torres e Itapeva. O principal objetivo do passeio foi trabalhar o lado emocional e psicológico dos pacientes, sendo que a campanha Janeiro Branco é voltada para cuidados com a saúde mental, com reflexões sobre a vida, a qualidade dos relacionamentos, o quanto as pessoas conhecem sobre si mesmas, suas emoções, pensamentos e comportamentos.
Ações como essas possibilitam que os pacientes vejam a vida por uma nova perspectiva, dando ânimo a eles mesmos e revigorando a crença em suas capacidades. Esse foi o caso da paciente, Rejane Medina. "A expectativa era de medo, pois tenho receio da água e achava que nem chegaria perto dela, iria só colocar os pés na areia." Rejane complementa que, um dia antes da viagem, tinha pensado em desistir, mas, no final, acabou por ir. "É a primeira vez que vim à praia. A experiência foi sem explicação, maravilhosa! Senti o cheiro do ar, tudo diferente, parece que renova a gente", relatou.
E tem gente que gostou tanto da praia que deseja repetir a dose. "Eu gostei. Deus me ajude para poder vir todos os anos. Estou muito faceiro e alegre", diz entusiasmado o paciente, Zemar Leal. Da mesma forma, Iolanda Teixeira afirma que ficou muito feliz com a vivência. "Somos uma família, nos damos bem. Foi maravilhoso, amei."
A praia não é só diversão. Ela traz diversos benefícios para a saúde, como diminuir a tensão e o estresse, fortalecer o sistema imunológico, melhorar a respiração e proporcionar energias positivas, além de um momento de descanso. "Essa vinda para prestigiar a natureza, o mar, é algo que favorece muito a melhora da saúde mental. A inter-relação dos usuários e a convivência é muito importante para a saúde psicológica", explica o psiquiatra do Caps, Ricardo Gobatto. Ele completa que os tratamentos são praticados por profissionais de diversas áreas, mas que é importante realizar diferentes atividades, que tragam prazer para os usuários, como essa viagem à praia.
A viagem estava sendo planejada desde a metade de 2019. Essa foi uma oportunidade para os usuários do Caps que, até então, não cogitavam a possibilidade de conhecer o mar. "Pensamos em todos os benefícios que essa ação poderia trazer para o tratamento deles, muitos nem conheciam o mar e não tinham a perspectiva de conhecer a praia", comenta a assistente social e coordenadora do Caps, Paula Castilhos.
Segundo a coordenadora, muitos dos pacientes do centro não se deslocam sozinhos até Passo Fundo - cidade a 90 quilômetros de Lagoa Vermelha -, porque acreditam que precisam de um acompanhante, sendo que a maioria consegue ir desacompanhado. A chance de viajarem 328 quilômetros até a praia de Torres, totalizando 656 quilômetros entre ida e volta, pode desconstruir todas essas crenças limitantes. "Começamos a trabalhar com eles a confiança. Mesmo que tenham medo de algo, a gente vai com medo mesmo e enfrenta. É um passo de cada vez", disse Paula. "Não existe câmera alguma que consiga captar a emoção de ver os olhos deles respirando, sentindo o cheirinho do mar, vendo as paisagens, um cuidando do outro", afirmou.
 
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