A escassez de chuva registrada em Santo Ângelo provocou prejuízos em lavouras de soja e milho e nas pastagens. Entretanto, o percentual afetado é considerado pequeno, e, com a regularização das chuvas, a tendência é que não sejam registrados aumentos na quebra nas próximas semanas no município.
De acordo com os dados apresentados em relatório divulgado por entidades, a quebra atinge 30% do milho, 15% da soja e 15% na produção leiteira. Como o milho tem a colheita praticamente finalizada, o número não deverá ser alterado. Com relação à soja, as perdas maiores estão nas chamadas lavouras precoces. "Porém, essas lavouras representam 25% da área plantada", lembra o secretário municipal de Agricultura, Diomar Formenton. Essa quebra na soja precoce é uma quebra consolidada. "Mas, nos outros 75%, o prejuízo não é expressivo e pode ser recuperado", frisa.
O plantio de soja atingiu 35 mil hectares em Santo Ângelo. Já o milho tem 2,5 mil hectares plantados de forma convencional e mais 900 hectares irrigados. A produção de milho da safra passada atingiu 130 sacas por hectare. Para este ano, a projeção inicial aponta 140 sacas por hectare. Já a soja tem produtividade média estimada em 60 sacas por hectare.
Ao lado do coordenador da Defesa Civil de Santo Ângelo, Adelar Cavalheiro, o secretário apresentou, ainda, avaliações feitas por produtores. Foi realizado um trabalho com produtores de todas as localidades do município, com repasses de dados das chuvas e também da situação das culturas. Pluviômetros foram instalados nessas localidades, e os produtores se responsabilizam por conferir e repassar os dados.
Os dados mostram situações bem diferentes nas localidades. Na Linha Independência, por exemplo, a avaliação é que o milho plantado em setembro terá perda quase total. Já no Rincão dos Mendes, é destacado que não deverá se ter prejuízo nas lavouras de milho. Os maiores prejuízos apontados pelos produtores estão mesmo na soja precoce e no milho plantado mais tarde.
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