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SANTA MARIA Notícia da edição impressa de 27 de Dezembro de 2019.

Professoras elaboram dicionário de gestos para comunidade surda de Cabo Verde

Com uma população estimada de 560 mil pessoas, o número de habitantes da república de Cabo Verde pode ser comparado ao de uma cidade brasileira de porte médio. Porém o registro da diversidade linguística de Cabo Verde - que tem o português e o crioulo como idiomas oficiais - pode representar um desafio para linguistas e antropólogos. Por isso, um grupo de professoras da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) aceitou o desafio de elaborar o primeiro Dicionário da Língua Gestual Cabo-Verdiana.

Com uma população estimada de 560 mil pessoas, o número de habitantes da república de Cabo Verde pode ser comparado ao de uma cidade brasileira de porte médio. Porém o registro da diversidade linguística de Cabo Verde - que tem o português e o crioulo como idiomas oficiais - pode representar um desafio para linguistas e antropólogos. Por isso, um grupo de professoras da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) aceitou o desafio de elaborar o primeiro Dicionário da Língua Gestual Cabo-Verdiana.

 Esse desafio foi proposto pelo governo de Cabo Verde ao governo brasileiro em 2008. A demanda foiencaminhada para a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), órgão do Ministério das Relações Exteriores. Como a UFSM tem o primeiro curso de graduação em Educação Especial do Brasil (o qual durante mais de 50 anos foi o único do país) e um trabalho amplamente reconhecido na educação para pessoas com deficiência, recebeu o convite para ser a executora do projeto.

 Em se tratando da comunicação entre surdos, Cabo Verde adotou a Língua Gestual Portuguesa, com adaptações para a cultura local. E, com o passar do tempo, ocorreu um crescente processo de diferenciação de muitos dos gestos usados pelos surdos do país, dependendo da ilha em que habitam. O alfabeto  é uma das poucas partes do dicionário que é igual para todas as ilhas do país.

 Para a elaboração do documento, essa situação criou a necessidade de conhecer de perto a realidade dos surdos das diferentes ilhas. Docentes do Departamento de Educação Especial da UFSM, as três autoras do dicionário, professoras Ana Cláudia Oliveira Pavão, Anie Pereira Goularte Gomes e Melânia de Melo Casarin estiveram nas ilhas mais populosas do arquipélago para registrar em vídeo os gestos usados pela comunidade surda para designar as mais variadas palavras e ações.

O dicionário teve de passar por 17 revisões antes de ficar pronto. Isso se deve à preocupação minuciosa com a exatidão dos gestos, a atualização da linguagem e as diferenças de gestos de uma ilha para outra. Ao final de cinco anos de trabalho, foram impressas mil cópias do dicionário, as quais serão distribuídas em escolas e bibliotecas de Cabo Verde. O dicionário é dividido em 30 categorias. A publicação representa um primeiro passo para que a Língua Gestual Cabo-Verdiana se torne reconhecida oficialmente, da mesma forma que a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

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