Um espaço no qual a intenção, além de garantir mais saúde, qualidade de vida e disciplina por meio do esporte, é promover a inclusão social e a integração da comunidade. A afirmação foi feita pela secretária municipal de Esporte e Lazer, Bárbara Marconato quando a prefeitura de Canoas inaugurou o Estação Cidadania. Quase seis meses depois, a expectativa da titular da pasta tem se consolidado através das 425 pessoas que fazem uso do complexo esportivo diariamente.
O ano foi além do aumento de espaços para treinamento e desenvolvimento de atletas. A diversidade de iniciativas, entre elas, inúmeras competições e eventos, também marcaram o calendário do esporte em Canoas. Foram alternativas para todas as idades e gostos. Em pleno inverno, os pequenos se aqueceram nas disputas do Cequinha, jogos escolares municipais destinados aos alunos com idades entre cinco e sete anos. Com 44 escolas inscritas, a iniciativa ofereceu às crianças a possibilidade de explorar de forma divertida o mundo dos esportes. Também houve recorde de instituições de ensino inscritas nas Competições Escolares Canoenses (Ceca).
Regulamentado como programa em janeiro deste ano, o Talentos visa formar atletas de alto rendimento no município. Para isso, além de locais para treino, todos os participantes contam com o acompanhamento de equipes técnicas e multidisciplinares para desenvolvimento. Também são oferecidos os uniformes e o auxílio-transporte para que os esportistas se desloquem até os treinos. Apenas em 2019, foram diversas competições disputadas em Canoas e em outras localidades. E as equipes do programa não decepcionaram. Com quatro medalhas de ouro na estante, o time de handebol feminino foi um dos destaques.
Mais que apenas usuários, são histórias de vida junto ao esporte que habitam o local. A de Érica da Silva Santos, 25 anos, e seu filho Pedro Arthur, cinco, é apenas uma delas. Atleta de carteirinha, ela precisou abrir mão da prática esportiva em virtude de alguns cuidados especiais demandados pela gravidez, mas o afastamento acabou durando mais que o esperado. Foi somente depois de muitas idas e vindas, mais de quatro anos após o filho nascer, que Érica bateu o martelo sobre a retomada de uma vida saudável. "Se você vai procurar uma escola particular, é tudo muito caro, e eu vi o Estação ser construído desde o início", Érica explica e ressalta que aguardou com ansiedade a abertura das inscrições.
Ficar parado não foi uma opção mesmo para quem está na melhor idade ou não é adepto de uma rotina mais pesada de exercícios físicos. Um vasto rol de atividades voltadas ao lazer também movimentou a comunidade. E o fechamento de um ano com tantas vitórias - dentro e fora de quadra - foi coroado com chave de ouro, com uma grande festa para toda a comunidade.