O reitor e o vice-reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), professores Paulo Burmann e Luciano Schuch, apresentaram à imprensa um balanço do ano de 2019 para a instituição. O principal objetivo do encontro foi comunicar à comunidade regional as ações implementadas e os resultados obtidos diante do cenário de dificuldades orçamentárias impostas às instituições de ensino superior em 2019.
Os impactos econômicos da UFSM para a região, a posição da universidade nos rankings nacionais e internacionais, resultados em ações inovação e empreendedorismo, questões orçamentárias e possibilidades de contingenciamentos futuros foram os principais assuntos respondidos pela reitoria. São 27.577 estudantes nos cursos de graduação e pós-graduação, dos quais mais de 5,3 mil possuem Benefício Socioeconômico (BSE). "Esses estudantes não estariam na universidade se não fosse pela assistência estudantil. É importante considerar que a grande maioria destes estudantes tratam-se dos primeiros membros de suas famílias a ingressarem no ensino superior", destacou.
Os diretores da universidades ainda falaram sobre o contingenciamento de recursos por parte do governo federal, o que gerou uma série de dificuldades na execução orçamentária das instituições. Na UFSM, foram mais de R$ 42 milhões em recursos contingenciados, o que demandou uma série de readequações orçamentárias que impactaram os quatro campus. Paulo Burmann destacou que a universidade sempre trabalha na perspectiva dos recursos que realmente são liberados para a execução e que, em 2019, o percentual de recursos executados foi baixo.
A expectativa para o ano que vem está na aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020, que deve ser votada no Congresso Nacional. As perspectivas, porém não são animadoras: a UFSM prevê, de acordo com o texto, uma redução de R$ 142 milhões para R$ 96 milhões em despesas discricionárias, sendo cerca de R$ 89 milhões para custeio e apenas R$ 7 milhões para capital e investimentos. O vice-reitor Luciano Schuch lembra que ainda existe a possibilidade de contingenciamento em 2020 e que, nesta hipótese, as universidades podem ter suas atividades inviabilizadas: "Em 2019 foram R$ 42 milhões contingenciados e a previsão para 2020 é uma diminuição de R$ 46 milhões, além de possíveis congelamentos", alertou.
A reitoria afirmou ainda que há uma preocupação, exposta também no plano de gestão, em alcançar um alto patamar de qualidade e desempenho da universidade. A meta é que a UFSM alcance o conceito 5 no Índice Geral de Cursos (IGC). O balanço da década já demonstra um crescimento dos números, de 3,57 em 2009 para patamares próximos de 4 em 2019. Entre as iniciativas que buscam melhorias nos principais índices de desempenho está o fechamento de convênios com instituições públicas e privadas.