Foi entre muitos 'lambeijos' e pulos na cama que a aposentada Elizete Nilen recebeu a visita da sua cachorrinha no último sábado. Internada há pouco mais de dois meses no Hospital Tacchini, Elizete foi a segunda paciente a se beneficiar da lei municipal que autoriza que pacientes internados em hospitais públicos, privados e conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) no município possam receber a visita de seus animais de estimação. Para Elizete, a visita de Menina, nome da sua cadelinha, deixou seu dia ainda mais alegre e, na visão dela, ajuda também a amenizar os dias de espera até a tão esperada alta médica.
"Recebi muitos 'lambeijos', me emocionei e tive mais uma vez a prova do quanto um bicho faz a diferença na vida de quem tem apego por ele", conta a paciente. Sem raça definida, Menina tem cerca de 12 anos, mas mora com a aposentada há um ano e três meses. "É bem difícil ficar longe dela, pois antes estávamos 24 horas juntas. É um amor incondicional. Uma lei como essa é algo maravilhoso para todos que estão passando por tratamento de saúde e eu acredito muito na recuperação dos pacientes com essas ações", elogia.
Além de beneficiar diretamente o paciente, ações como esta ajudam a estreitar ainda mais os laços de confiança entre a equipe assistencial, pacientes e familiares. "Os benefícios físicos, emocionais e psicológicos são imediatos. Sem dúvida, fazem com que a pessoa em recuperação, sinta-se mais motivada e isso ajuda na sua reabilitação", destaca a enfermeira Daniele Madruga de Souza, gestora da Unidade de Cuidados Especiais do hospital.
A direção da instituição permite que todo paciente ou acompanhante que quiser receber a visita de seu pet manifeste esse desejo junto à equipe assistencial, desde que obedeça aos requisitos da lei e do próprio hospital. Coordenada pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, a ação acontece após avaliação individual de cada situação.
As visitações dos animais no hospital apenas serão liberadas para pacientes que estão no hospital há pelo menos 30 dias, sem previsão de alta ou que estejam em cuidados paliativos. "Mesmo assim, se não houver condições, não poderemos expor o paciente a fim de não prejudicar sua recuperação", explica a médica infectologista Nicole Golin.
O pet deve ser de pequeno porte, ter carteira de vacinação atualizada, laudo veterinário constatando sua saúde e comprovante de banho em pet shop nas 24h anteriores à data da visita. A prática no Tacchini começou no mês de março, e com a popularização dos pedidos e chegada dos animais, os pedidos têm aumentado.
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