O Contrato Organizativo de Ação Pública de Ensino-Saúde (Coapes), assinado entre a prefeitura de Novo Hamburgo e a Universidade Feevale, formaliza intenções de estruturação dos serviços de saúde relativos à graduação e residências médicas. A fim de viabilizar a atuação de seus estudantes na rede pública, a instituição de ensino deve investir mais de R$ 10 milhões. Para acompanhar a utilização da contrapartida, a Câmara instituiu uma comissão especial.
O grupo, que já havia se reunido com representantes das duas entidades, formalizou esta semana sugestão para o investimento do recurso na ampliação da emergência do Hospital Municipal. O documento, assinado pelos vereadores, será encaminhado à prefeita Fátima Daudt e ao reitor da Universidade Feevale, Cleber Prodanov. Eles sustentam que a reforma melhoraria o atendimento, diminuindo o tempo de internação e tornando mais efetivo o tratamento. O ambiente atual inviabilizaria o trânsito de estudantes, que não teriam espaço para as discussões de cada caso, da mesma forma como impede o melhor acesso dos médicos aos pacientes.
A comissão ainda ressalta que a emergência do Hospital é referência na região, tornando a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) superior ao número de leitos disponíveis. Outros pontos levantados no documento são a necessidade de revisão do espaço de espera para pacientes psiquiátricos, a utilização de macas apenas para o transporte de pacientes e o aumento do número de banheiros. Os vereadores defendem que a reforma ampliaria a eficácia do atendimento médico e reduziria o redirecionamento para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
"Esta proposta, ainda em construção, traria visível melhora no âmbito da saúde municipal, com a renovação e modernização do Hospital, sopesando que a finalidade dos serviços de emergência é oferecer atendimento imediato e de bom padrão aos usuários", assinam os parlamentares, que ainda solicitam abertura de diálogo para colaborar na indicação do melhor investimento da contrapartida.