Uma nomenclatura que define e identifica o Vale do Sinos no mapa do turismo nacional, remetendo para sua cultura de origem alemã e explorando seu potencial. Esse é o Vale Germânico, região turística recém reconhecida e homologada pelo Ministério do Turismo e que atribui ao Vale do Sinos características que já estão em seu DNA, mas que agora, poderão ser exploradas oficialmente como produto turístico. Caminhos da Imigração é o conceito idealizado para as rotas e roteiros do vale que está nascendo com cerca de 50 atrativos, entre festas e espaços elencados pela Câmara Setorial de Turismo da Associação dos Municípios do Vale do Rio do Sinos (Amvars), que reúne gestores de 13 cidades. A homologação pelo órgão federal será comemorada dia 1º de novembro, a partir das 11h, num evento típico alemão.
O recente reconhecimento do Vale Germânico como região turística deu início para uma série de ações. Entre elas uma festa típica para comemorar a conquista e que será realizada na localidade de São José do Herval, em Morro Reuter num largo tipicamente germânico. Quem participar do evento em novembro conhecerá de perto um centenário armazém alemão ainda em atividade e instalado numa casa enxainel (estilo arquitetônico típico germânico) e poderá ainda visitar o também centenário restaurante colonial típico alemão da família Kieling ou conhecer a igreja de pedra, uma das belezas do espaço que receberá o evento, uma espécie de amostra da cultura e gastronomia germânica.
A prefeita de Novo Hamburgo e presidente da Amvars, Fátima Daudt, destaca que tanto a escolha do nome quando à necessidade de inclusão deste como opção turística se deve às características regionais das cidades, a maioria colonizada por alemães e que mantém aspectos históricos, gastronômicos e até arquitetônicos relacionados à cultura. Dentre as cidades que integram o Vale está São Leopoldo, berço da colonização alemã no Brasil (1824) cujo bicentenário ocorre em 2024. "Precisávamos de uma identificação que remetesse ao DNA da nossa região. Continuamos Vale do Sinos, mas para fins de turismo somos o Vale Germânico", resume Fátima.
Grupos de trabalho composto por gestores de turismo de todas as cidades integram a Câmara Setorial de Turismo e estão organizando de forma coletiva o Vale Germânico. O trabalho consiste no levantamento detalhado de atrações, espaços, serviços, restaurantes, hotelaria, receptivos, agências de viagens e o resgate da própria história da região, num trabalho minucioso de organização para fins turísticos. O levantamento já resultou na identificação de pelo menos 50 atrativos que irão compor os 'Caminhos da Imigração', conceito idealizado para rotas e roteiros da região nas áreas histórico-cultural, de negócios, religioso, rural e esportivo. Araricá, Campo Bom, Dois Irmãos, Ivoti, Sapiranga, São Leopoldo, Santa Maria do Herval, Morro Reuter e Novo Hamburgo integram o projeto.