A Comissão de Fiscalização e Controle do Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos realizou uma operação conjunta para fiscalizar o uso de hidróxido de fentina, comercializado no Brasil com o nome de Mertin 400. O foco foi as lavouras de arroz pré-germinado na região de Santa Maria. A secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural atuou junto ao Ibama nesta ação.
Foram encontrados, nos locais visitados, produtos vencidos, contrabandeados (Hidróxico de fentina e metil metsulfurom), além do próprio Mertin. Foi realizada coleta de água, solo, sementes e animais mortos por suposto envenenamento. Também foram recolhidas embalagens vazias descartadas indevidamente. A equipe da secretaria, que atuou em vários municípios da região durante a fiscalização, emitiu oito termos de fiscalização, dois termos aditivos, dois autos de apreensão e depósito e três autos de infração. O Ibama fiscalizou vinte propriedades e lavrou nove autos de infração, totalizando quase R$ 50 mil; três termos de embargo e três termos de apreensão e depósito; além de duas notificações.
Em 2017, a pedido da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de Porto Alegre em ação civil pública, a Justiça proibiu o uso do agrotóxico Mertin 400 em lavouras de arroz irrigado no território do Rio Grande do Sul. Na decisão, a Justiça justificou a proibição devido ao "evidenciado risco ao meio ambiente e à própria saúde humana, vez que o defensivo agrícola está sendo indevidamente usado na cultura de arroz irrigado desde 2013".
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