Comitivas dos municípios gaúchos de Turuçu e Gramado compartilharam suas experiências com o uso das plantas medicinais na saúde pública, durante a 13ª reunião Técnica Estadual sobre Plantas Bioativas que aconteceu no Auditório Central da Universidade de Santa Cruz do Sul. O evento serviu para conhecer melhor os projetos realizados nas cidades e buscar novas formas de utilização das plantas.
No primeiro relato, a farmacêutica Caroline Velloso e os engenheiros-agrônomos Eduardo Souto Mayor e Janaína da Rosa, todos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), e a agricultora familiar e integrante da Organização de Controle Social (OCS) Orgânico é Vida, Verônica Tuchenhagen, relataram as ações desenvolvidas no município de Turuçu. Segundo o grupo, o projeto teve como referência a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, do Ministério da Saúde, que culminou na implantação de uma farmácia viva, na qual é possível cultivar as espécies e disponibilizar as plantas medicinais secas. "Olhamos a realidade do município, suas agroindústrias e a agricultura familiar, e elaboramos um projeto municipal. É necessário nos adequar à viabilidade do projeto e ao que é possível fazer na realidade local", ressaltou Souto Mayor.
Para tanto, foi elaborado o perfil epidemiológico com base nos registros médicos da população de Turuçu no ano de 2015. Entre as diversas ações desenvolvidas, foi realizada a capacitação da farmacêutica da Unidade Básica de Saúde e das agentes de saúde, e mobilizados agricultores para a produção, dias de campo, entre outras atividades. Foram selecionadas sete plantas medicinais para dar início ao trabalho, sendo três voltadas ao aparelho digestivo (espinheira-santa, carqueja e alcachofra), duas para o sistema nervoso central (maracujá e camomila) e duas para o aparelho respiratório (hortelã e guaco).
Em seguida, as ações desenvolvidas no município de Gramado, na Serra Gaúcha, foram apresentadas. Essas iniciativas permitiram a criação da Política Intersetorial de Plantas Medicinais e de Medicamentos Fitoterápicos em 2012. Em Gramado, as plantas medicinais são cultivadas em uma área de 0,9 hectare e uma estufa de 200 metros quadrados, rodeada de mata nativa que favorece a preservação das espécies. No total, são quatro hectares disponíveis.
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