Quem passa pela praça Attílio Longhi, na região central de Canoas, já não vê mais o cenário de anos. O antigo banhado, que impedia a passagem dos moradores pelo terreno, está dando lugar a um espaço preparado para caminhadas, passeios com a família e diversão da criançada em meio ao ar puro. Para isso, 12 reeducandos do programa Recomeçar, que utiliza mão de obra prisional, trabalharam desde março deste ano.
Se antes a área de 14 mil metros quadrados era coberta por barro, agora o local é desenhado por gramados, lagos, pedras, pistas com brita e bosques de frutas, como limão, jabuticaba e laranja - mudanças 100% realizadas pela mão de obra dos apenados do sistema prisional de Canoas. A iniciativa não só reduz significativamente os custos do trabalho, como também coloca em prática o compromisso de ressocializar os detentos a partir do aprendizado de uma nova profissão.
A obra já passou por etapas de aterro, instalação de drenagens para evitar alagamentos, nivelamento de solo, plantio de árvores e implantação de grama. "Ter essa solicitação atendida depois de tanto tempo é uma conquista para nós, que estávamos há 20 anos lidando com uma área sem serventia e com foco de mosquitos. Essa mudança, além de proporcionar esse espaço para a comunidade, vai preservar a migração de aves e de outros animais habituados à região", afirma o presidente da Associação Residencial Figueiras, Paulo Valmir.
Para compor a paisagem, foram plantadas 170 mudas, incluindo Ipês amarelos e brancos, Cerejeiras, Maracás, Primaveras, Araçás e Hortênsias. "Toda a vegetação plantada é oriunda do Termo de Compensação Vegetal, o que garante que árvores removidas por empresas sejam replantadas na cidade", explica o diretor do departamento de Parques e Praças da secretaria de Serviços Urbanos, Érico Inda.
Se o lugar já não parece o mesmo, em breve não vai lembrar em nada o passado. Neste mês, a revitalização do local será concluída com a instalação de bancos e playground de madeira para acompanhar o visual rústico que vem sendo montado. Além dos brinquedos, as crianças também poderão se divertir assistindo os peixes e tartarugas inseridos em um dos lagos do parque. "Antes não dava nem para passar por aqui, mas agora já estou caminhando todos os dias, pois é algo que adoro! Vai ficar melhor ainda quando tiver os bancos", comemora Antonio Assis Lopes de Moraes, que mora na região desde a década de 1970.
Desde 1996 o Jornal Cidades dedica-se exclusivamente a evidenciar os destaques dos municípios gaúchos. A economia de cada região é divulgada no jornal, que serve também de espaço para publicação de editais de licitação. Entre em contato conosco e anuncie nessa mídia adequada e dirigida às Prefeituras de todo o RS.