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PASSO FUNDO Notícia da edição impressa de 26 de Agosto de 2019.

Município deverá receber unidade da Apac no ano que vem

Criada no ano passado, em Porto Alegre, associação quer trazer humanização às prisões com rotinas diárias

Criada no ano passado, em Porto Alegre, associação quer trazer humanização às prisões com rotinas diárias


/CLAITON DORNELLES/CIDADES
"Acolher o preso é proteger a sociedade." A frase do procurador de Justiça Gilmar Bortolotto, que esteve em Passo Fundo apresentando o método da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), tem muito sentido em um cenário caótico do sistema prisional brasileiro, com casas prisionais superlotadas. A Apac foi tema de audiência pública realizada no Salão de Atos da Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo.

"Acolher o preso é proteger a sociedade." A frase do procurador de Justiça Gilmar Bortolotto, que esteve em Passo Fundo apresentando o método da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), tem muito sentido em um cenário caótico do sistema prisional brasileiro, com casas prisionais superlotadas. A Apac foi tema de audiência pública realizada no Salão de Atos da Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo.

No Brasil, o método Apac surgiu na década de 1970, e, atualmente, 150 unidades são filiadas à Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC). Estão em estados como Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo e Maranhão, bem como em outros países. No Rio Grande do Sul, a primeira unidade da Apac foi inaugurada em 2018, em Porto Alegre, e a segunda deverá ser implantada em Passo Fundo no ano que vem.

Conforme levantamento, a cada 100 presos do sistema convencional, 75 voltam a cometer um crime. A lógica é simples, mas o trabalho é um grande desafio: se recuperar esses presos, eles não voltarão a ocupar uma vaga nos estabelecimentos prisionais e, logo, não voltarão a cometer crimes na rua. "A cada mil presos que passam pelo sistema prisional, quase 72% retornam a ele. Temos que fazer trabalho de recuperação para melhorar o sistema. As pessoas que cometem os crimes nas ruas quase sempre já passaram por casas prisionais", declara Bortolotto.

As Apacs são associações sem fins lucrativos dedicadas à recuperação e à reintegração social dos condenados. O principal objetivo é promover a humanização das prisões, sem perder de vista a finalidade punitiva da pena, evitando a reincidência no crime e oferecendo alternativas para o condenado se recuperar. Por meio desse método, os presos têm direitos e deveres, com rotina diária. Eles têm a obrigatoriedade do trabalho e do estudo, bem como regras de disciplina, e são responsáveis por sua alimentação e pela higiene e limpeza do local.

Na Apac, os presos são corresponsáveis por sua recuperação e contam com assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica, prestadas pela comunidade. A segurança e a disciplina são feitas com a colaboração dos apenados, tendo como suporte funcionários, voluntários e diretores das entidades. "Posso dar meu testemunho e dizer que essa iniciativa vale muito a pena. Lido com esse tema em presídios há 21 anos e vejo reações positivas. A Apac oferece uma oportunidade, e o sujeito olha e decide se quer pegar ou não", declara o procurador de Justiça.

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