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CAXIAS DO SUL 22 de Agosto de 2019 às 03:00.

Museu a céu aberto quer preservar história de Galópolis

Inaugurado no fim de semana, espaço terá 15 pontos de patrimônio cultural material e imaterial da região

Inaugurado no fim de semana, espaço terá 15 pontos de patrimônio cultural material e imaterial da região


/FABIO GRISON/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Foi inaugurado no sábado o Museu de Território: O Caminho da História, na localidade de Galópolis, em Caxias do Sul. O projeto é o primeiro no Rio Grande do Sul com a concepção de ser a céu aberto, chamado de museu-território, que compõe-se de 15 pontos do patrimônio cultural material e imaterial existentes. Tendo curadoria da pesquisadora e museóloga Tânia Tonet e fruto de um extenso trabalho de pesquisa e resgate de fotos e informações históricas, o objetivo é valorizar os bens culturais tangíveis e intangíveis da região, promovendo a sua preservação e o envolvimento e apropriação por parte da comunidade.

Foi inaugurado no sábado o Museu de Território: O Caminho da História, na localidade de Galópolis, em Caxias do Sul. O projeto é o primeiro no Rio Grande do Sul com a concepção de ser a céu aberto, chamado de museu-território, que compõe-se de 15 pontos do patrimônio cultural material e imaterial existentes. Tendo curadoria da pesquisadora e museóloga Tânia Tonet e fruto de um extenso trabalho de pesquisa e resgate de fotos e informações históricas, o objetivo é valorizar os bens culturais tangíveis e intangíveis da região, promovendo a sua preservação e o envolvimento e apropriação por parte da comunidade.

Em seu pronunciamento, Charles Tonet, filho da museóloga e parceiro dela no projeto, enalteceu que o Museu de Território envolve história, memória e turismo. "O grande segredo deste projeto é o envolvimento da comunidade. Ele é entregue para Galópolis, mas só vai permanecer se a comunidade abraçar esse projeto e entender que ele é uma iniciativa que visa trazer qualidade de vida, desenvolvimento econômico e social para a comunidade", observou

Alicerçado na trajetória e no legado do italiano Hércules Galló, pioneiro da indústria têxtil na serra gaúcha, o projeto se iniciou com a musealização das duas casas onde o empreendedor e sua família viveram, inaugurados em 2015 e que compõem o marco inicial. No sábado, foram entregues à comunidade os outros 14 pontos que integram o núcleo do museu a céu aberto. Os locais foram demarcados com totens explicativos que mapeiam o território, oportunizando a manutenção da história viva para ser contata por e para todos que ali moram e visitam.

A intenção da museóloga Tânia Tonet, ao conceber o projeto, foi trazer uma forma diferente e envolvente de transmitir esse resgate histórico, no qual o foco não são objetos históricos, e sim o território em si e toda a sua riqueza cultural. O conceito de museu de território, ainda pouco explorado na museologia no Brasil, tem como essência musealizar o território e territorializar o museu. A proposta é adepta à nova museologia, que, diferentemente do conceito tradicional centrado em um edifício, nas coleções e em um público-alvo, amplia seu olhar para todo o patrimônio material e imaterial regional, passível de preservação e, acima de tudo, propõe um diálogo com a comunidade em que está inserido.

Galópolis constitui-se em um cenário autêntico, um caso raro de uma comunidade inteira passível de preservação. Além disso, possui características curiosas, como o fato da implantação de um núcleo nitidamente urbano em um ambiente rural. Isso se deve ao processo de industrialização iniciado em 1894, quando jovens tecelões vindos da Itália fundaram o primeiro lanifício, nos moldes de uma cooperativa, após perceberem que a área não era propícia para a agricultura e que os dois rios do lugar possibilitariam a movimentação de máquinas e a geração de energia elétrica, além dos serviços de lavagem e tinturaria. 

A musealização foi efetuada através da formação de dossiês, cujo registro serve de documentos fotográficos (reproduções de fotos antigas e fotos atuais) e pesquisa em documentos textuais. Não apenas os aspectos arquitetônicos foram alvo da investigação, mas o que os prédios abrigaram, as transformações porque passaram, as vivências que ali ocorreram, a memória dos prédios e de quem os utilizou, enquanto residência, estabelecimento industrial, entidade associativa ou institucional, templo religioso.

O projeto tem como propósito preservar um sítio histórico de grande relevância para a história econômica e sociocultural da região, não só do patrimônio material como também do ambiente, das pessoas, da fauna e da flora existentes, que fazem parte da cultura local e que, a partir de agora, serão mais preservadas.

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