Cada vez mais, as escolas estão se preparando para receber todos os alunos e suas diferenças, em um ambiente inclusivo de aprendizagem. No entanto, ainda é preciso conversar sobre a identificação das necessidades específicas dos alunos para criar um espaço de ensino para todos. Por isso, a secretaria municipal dos Direitos Humanos e Participação Social realizou o II Fórum Regional das Altas Habilidades/Superdotação, na QI Faculdade e Escola Técnica de Canoas.

O evento reuniu educadores, pais, associações e instituições para compartilhar informações e exemplos no atendimento a crianças que se destacam em alguma área do conhecimento. Segundo o secretário dos Direitos Humanos e Participação Social de Canoas, Roberto Tietz, esta é mais uma ação importante no caminho da inclusão. "Nós precisamos trazer para luz o debate, trazer a informação, para assim fazermos da maneira correta e estarmos preparados para receber todos os alunos em nossos espaços", ressaltou.

A professora Isabela de Barros Wagner, da Associação Gaúcha de Apoio às Altas Habilidades/Superdotação, explica que as crianças com altas habilidades são aquelas que têm inteligência superior em alguma área do conhecimento. As dificuldades da inclusão ainda estão na falta de entendimento sobre o que isso realmente significa na vida do aluno. "Algumas pessoas acham que a criança que tem altas habilidades não precisa de nada, não precisa de apoio, como se já estivesse pronta. E ela não está pronta. Ela pode ser muito boa em uma área, mas precisar de muito auxílio em outra", comentou.

Canoas foi a primeira a trazer esse tema para debate com o Fórum. O evento está em sua segunda edição e acontece em parceria com a Diretoria de Educação Inclusiva e a 27ª Coordenadoria Regional de Educação.