O Instituto Riograndense do Arroz (Irga) promoveu, no Parque de Exposições Serafim Vargas, em São Borja a Noite do Arroz. O evento contou com três palestras e a exposição dos resultados das safras do arroz. O ano-safra é contado de julho do ano anterior a junho do próximo ano.
Na ocasião, Roger de Santis mostrou os dados da última safra. Santis explicou que ocorreu uma redução na área cultivada de arroz em relação a 2017/2018, em que se plantou 47 mil hectares e, atualmente, 42 mil hectares. No ano de 2016/2017, foram cultivados quase 50 mil hectares. A apresentação mostrou que a produtividade também caiu. Em 2017/2018, eram produzidos 8.621 quilos por hectare, neste ano, foram 7.545 quilos. Outro dado que impactou na diminuição da produtividade foi a perda de 394 hectares que foram cultivadas e perdidas na enchente de janeiro de 2019.
As estatísticas também demonstram uma redução no número de produtores de arroz no município. Atualmente, são 136 produtores; na safra passada eram 154, uma redução de 12%. Técnico orizícola do Irga, Roger Portela de Santis também explicou que a área de rotação com a soja aumentou. Na safra passada, dos 47 hectares cultivadas em arroz, os produtores utilizaram 4 mil hectares para fazer rotação com a soja. Neste ano, de 42 mil hectares cultivadas 13 mil foram utilizados para rotação. O técnico interpreta o dado como movimento de migração de cultura.
O Irga explicou que a diminuição na área cultivada e a migração de cultura se dão pela baixa remuneração que atualmente o arroz está rendendo e o custo de plantio. O presidente da Câmara dos Vereadores, Jefferson Olea Homrich, esclareceu que é necessário ampliar o debate sobre essa situação da cultura do arroz em São Borja. Citou que São Borja já teve mais de 600 produtores do arroz e que essa diminuição da cultura também se dá pelas sucessivas faltas de políticas públicas de proteção à agricultura e que é preciso mobilizar entidades, governos e produtores para garantir estabilidade e segurança ao produtor
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