O prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto, que também é presidente da Associação de Municípios da Fronteira Oeste (Amfro), voltou a reivindicar em Brasília em favor do setor orizícola, que enfrenta sérias dificuldades no País e, principalmente, no Rio Grande do Sul. Depois de encontro preliminar no início do mês, com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, agora Bonotto apresentou os pleitos e problemas da cadeia arrozeira diretamente ao presidente Jair Bolsonaro. Uma grande força-tarefa, formada por lideranças políticas e representativas das entidades dos produtores, acompanhou o encontro na capital federal.
As lideranças do setor arrozeiro mostraram ao presidente Bolsonaro e à ministra da Agricultura que o cultura do arroz é fundamental para a economia de 140 municípios do Rio Grande do Sul. O relato é de que os problemas enfrentados não afetam apenas os produtores, mas também quem trabalha no setor, as indústrias de beneficiamento e ainda a área de comércio de insumos e de prestação de serviços.
Os integrantes da comitiva gaúcha comentam que a cadeia de produção orizícola está à beira de um colapso. As dificuldades enfrentadas são desde endividamento crescente, cotações que não remuneram, ausência de políticas governamentais de apoio efetivo, concorrência da produção e de insumos dos demais países do Mercosul e ainda queda no consumo de arroz no mercado interno, entre outros fatores.
O prefeito Eduardo Bonotto destacou que na região da Fronteira Oeste, representada pela Amfro, a situação "está se tornando caótica, insustentável". Ele ressaltou que, além de todas as demais implicações, a crise no setor orizícola está afetando também as administrações municipais, já que a maioria das prefeitura vem, gradativamente, registrando queda de arrecadação.
O presidente Jair Bolsonaro e a ministra Tereza Cristina garantiram que soluções para o atual quadro de dificuldades está sendo tratada "como prioridade do governo". As lideranças do setor apresentaram um elenco de reivindicações e a previsão é que, nos próximos dias, haja resposta de posicionamento do Palácio do Planalto. O principal ponto reivindicado é sobre a renegociação de dívidas dos produtores.
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