Durante dois dias, Tramandaí sofreu com ventos e uma forte ressaca. O fenômeno atingiu a praia, o Rio Tramandaí e a Lagoa do Armazém. Na beira-mar não foram registrados estragos. A água avançou até o muro de contenção, mas sem danos. No entanto, no Rio Tramandaí e principalmente na Lagoa do Armazém, foram contabilizados prejuízos.

 Uma das mini plataformas de pesca localizada ao lado da Câmara de Vereadores teve o piso destruído com a força das águas. O local está isolado para reforma. Já na Lagoa do Armazém, barcos e estruturas utilizadas pelos pescadores foram danificados ou totalmente destruídos.

No sábado, a prefeitura de Tramandaí, através da secretaria de Pesca e Agricultura, promoveu uma reunião com os pescadores para avaliar os prejuízos e definir uma linha de apoio. "A ressaca foi feia, destruiu muitos sarilhos e trapiches. Há mais de 30 anos que não víamos nada igual. Vamos apoiar os pescadores no que for preciso", disse o secretário Beto Ceneu.

 O prefeito Luiz Carlos Gauto, ainda no sábado, anunciou que a prefeitura fará uma mobilização para auxiliar os prejudicados. Ontem, ele recebeu em seu gabinete os pescadores. Na reunião, ficou definido que tipo de material será adquirido para a reconstrução dos galpões e dos barcos. "O pescador a sua relação de ofício é com a natureza, e está sujeito também as consequências climáticas. Devemos ser solidários diante da situação de avarias. Momento de darmos as mãos", destacou o presidente do Conselho Municipal de Pesca de Tramandaí, Leandro Miranda. 

 Segundo os pescadores, desde 1984 não havia uma ressaca tão destrutiva como a registrada no final de semana. De acordo com os profissionais da pesca, a maré estava alta quando os ventos iniciaram e isso foi decisivo para o aumento dos estragos.