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LAJEADO 12 de Junho de 2019 às 03:00.

Pesquisa avalia potencial de planta nativa para tratar câncer

Chamada de mamãozinho-do-mato, espécie pode ajudar no desenvolvimento de remédios contra a doença

Chamada de mamãozinho-do-mato, espécie pode ajudar no desenvolvimento de remédios contra a doença


/ARQUIVO PESSOAL LILIAN DA SILVA/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Você conhece a planta jaracatiá ou mamãozinho-do-mato? Ela é nativa do Brasil e possui potencial para uso na área alimentícia e da saúde. A química industrial Lilian de Fátima Ferreira da Silva aproveitou tais características da espécie Vasconcellea quercifolia, da mesma família do mamão, e investigou a potencialidade antitumoral da planta.
Você conhece a planta jaracatiá ou mamãozinho-do-mato? Ela é nativa do Brasil e possui potencial para uso na área alimentícia e da saúde. A química industrial Lilian de Fátima Ferreira da Silva aproveitou tais características da espécie Vasconcellea quercifolia, da mesma família do mamão, e investigou a potencialidade antitumoral da planta.
A pesquisa desenvolvida por Lilian é vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec) da Universidade do Vale do Taquari (Univates). Conforme Lilian, trata-se de uma pesquisa preliminar, que identifica a possível potencialidade da espécie, conhecida como mamãozinho-do-mato, para tratamento de câncer. "A pesquisa faz parte de uma série de investigações que estão sendo realizadas sobre as potencialidades da planta. Ainda não podemos afirmar que o mamãozinho-do-mato é um antitumoral, mas sim que os resultados obtidos indicam que a planta possui compostos com potencial para serem explorados na busca de novos fármacos contra células cancerígenas", explica.
Para chegar a essas conclusões, a equipe do Laboratório de Botânica da Univates trabalhou em parceria com outros professores da Univates e com a professora doutora Alessandra Nejar Bruno do Instituto Federal de Porto Alegre (IFSul). Assim, Lilian realizou parte das práticas na Univates e outra parte, a análise antitumoral, no IFSul. Após coletar o látex da planta - substância branca e leitosa que escorre quando a planta sofre algum corte - e separar a fração de interesse, o material foi colocado em contato com células de câncer uterino e células de câncer de mama, que ficaram incubadas por 24 horas, período avaliado no estudo.
Lilian afirma que sua pesquisa foi apenas o primeiro passo da investigação da potencialidade antitumoral do látex de mamãozinho-do-mato. Agora, é necessário que outros pesquisadores, por meio de parcerias, deem sequência ao estudo. A professora orientadora da pesquisa e coordenadora do Laboratório de Botânica da Univates, doutora Elisete Maria de Freitas, reafirma o caráter preliminar do estudo e destaca que essas pesquisas são como um "pontapé inicial" e salienta que não se deve passar a utilizar partes da planta ou o seu látex para o tratamento do câncer. "Por outro lado, precisamos passar a dar mais importância para as plantas que temos em nosso meio, em nossas florestas, pois elas podem ter várias utilidades. É preciso conhecer as espécies que compõem a biodiversidade regional e valorizá-las, para então explorá-las de forma sustentável", comenta Elisete.
Conforme a coordenadora Elisete, o Laboratório de Botânica da Univates, em paralelo com outros estudos, trabalha, em parceria com outros pesquisadores da Univates e de outras instituições, com pesquisas que investigam as potencialidades de plantas nativas para usos no controle biológico de plantas invasoras, na indústria de alimentos e na área da saúde. Atualmente, na área da saúde, são três focos principais de investigação em andamento, utilizando plantas nativas: atividades antioxidante, antimicrobiana e antitumoral.
As três principais espécies nativas estudadas são a bananinha-do-mato (Bromelia antiacantha), a amora-preta (Rubus sellowii) e o mamãozinho-do-mato (Vasconcellea quercifolia). "Trabalhamos com bioprospecção de espécies vegetais nativas. Ou seja, investigamos possibilidades para a exploração econômica, e sustentável, de diferentes plantas nativas, tanto para a produção de alimentos como para aplicação na área da saúde, ou ainda para o futuro desenvolvimento, a partir de extratos e óleos de plantas, de bioherbicidas para o controle de plantas invasoras", explica Elisete.
 
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