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PASSO FUNDO 05 de Junho de 2019 às 03:00.

Pesquisa estuda benefícios de óleo para tratar artrose

Técnica, que começou a ser utilizada durante a Primeira Guerra Mundial, é desenvolvida desde 2010 na UPF

Técnica, que começou a ser utilizada durante a Primeira Guerra Mundial, é desenvolvida desde 2010 na UPF


/ALESSANDRA PASINATO/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Popularmente conhecida como artrose, a osteoartrose é a mais frequente entre as doenças designadas como "reumatismos", representando de 30% a 40% das consultas em ambulatórios de reumatologia e responsável por 7,5% dos afastamentos de trabalho. Muito comum na população idosa - a doença atinge 85% das pessoas com mais de 75 anos -, ela decorre de uma lenta e progressiva degradação da cartilagem articular, um tecido elástico que recobre as extremidades ósseas e amortece os impactos.
Popularmente conhecida como artrose, a osteoartrose é a mais frequente entre as doenças designadas como "reumatismos", representando de 30% a 40% das consultas em ambulatórios de reumatologia e responsável por 7,5% dos afastamentos de trabalho. Muito comum na população idosa - a doença atinge 85% das pessoas com mais de 75 anos -, ela decorre de uma lenta e progressiva degradação da cartilagem articular, um tecido elástico que recobre as extremidades ósseas e amortece os impactos.
Os principais sintomas são dor ao se movimentar, sensação de rigidez e barulho nas articulações, que podem se repetir por vários dias. O tratamento, normalmente, é feito com exercícios, fisioterapia e medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. A falta de tratamentos totalmente eficazes, no entanto, diminui a qualidade de vida dos portadores da doença.
 Uma das alternativas, de baixo custo e que parece realmente efetiva no tratamento da dor crônica, é a ozonioterapia. A técnica começou a ser utilizada na Alemanha e na União Soviética na Primeira Guerra Mundial, se dissipando pela Europa, China e América. Hoje, porém, apenas Rússia, Cuba, Espanha e Itália legalizaram o procedimento. Para comprovar a eficácia desse tratamento, pesquisadores da Universidade de Passo Fundo (UPF) desenvolvem, desde 2010, um estudo que busca comprovar o benefício do óleo ozonizado via tópica para doença de artrose. A pesquisa "Óleo ozonizado via tópica na osteoartrose: estudo clínico triplo cego placebo controlado" é desenvolvida por uma equipe multidisciplinar e está em fase de análise dos dados.
 Dentre os benefícios já identificados, estão o fato de que o óleo ozonizado favorece e acelera o processo de regeneração e cicatrização tecidual, reduz a inflamação e a dor. Na inflamação crônica, como é caso da osteoartrose, ainda não há relatos que comprovem ou não a ação do óleo ozonizado. De acordo com a mestranda Ana Paula Anzolin, que desenvolve a pesquisa junto com a professora Charise Dallazem Bertol, a ozonioterapia já é usada no exterior e muitas pessoas que sofrem da doença trazem a medicação de outros países e relatam seus benefícios.
Por esse motivo, elas identificaram a necessidade de verificar a eficácia - ou não - do tratamento. "Meu foco no momento é comprovar o benefício do óleo ozonizado via tópica para doença de artrose. Essa medicação já é usada no exterior e algumas pessoas a trazem de fora e relatam benefícios. Como a osteoartrose é a segunda doença crônica mais prevalente no Brasil e na previdência social, cabe a nós encontramos soluções para esse problema público", explica.
 A pesquisa clínica é realizada no Centro Ambulatorial do Hospital de Clínicas de Passo Fundo e no curso de Farmácia da UPF. Além de Ana Paula e da professora Charise, a equipe também conta com a participação dos médicos ortopedistas e acadêmicos da universidade. O estudo está sendo desenvolvido com 80 pacientes - 37 do grupo de tratamento e 43 do grupo de placebo. "Para a população ficar sabendo do nosso trabalho, disponibilizamos informações nas redes sociais e numa rádio local, que divulgou o estudo. Em questão de duas semanas, tínhamos todos os pacientes de que precisávamos", conta.
 A produção do óleo ozonizado é feita a partir de uma parceria entre duas empresas, de Ronda Alta e de Caxias do Sul, que também está colaborando na ajuda dos custos para os exames laboratoriais. "Como precisávamos realizar o diagnóstico de artrose nos pacientes como critério de inclusão no estudo, fizemos uma parceria com uma empresa de Passo Fundo, que está realizando todos os raios X para nossos pacientes. Os pacientes que participam do estudo não têm custo nenhum e estão satisfeitos com os resultados", completa.
 Até agora, a equipe já realizou a parte experimental e a análise dos dados coletados. No momento, eles estão escrevendo o artigo principal com os dados que conseguiram. Em virtude da legalidade, esses dados ainda não podem ser divulgados, mas, segundo a mestranda, até agora não foram registrados efeitos colaterais, apenas coceira em alguns pacientes, em virtude do óleo mineral utilizado na pesquisa.
 
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